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Trabalhadores do Porto do Açu em segundo dia de protesto, nesta quinta

Manifestantes se concentraram na estrada que dá acesso ao empreendimento

Região
Por Redação
7 de novembro de 2019 - 10h30

Trabalhadores em segundo dia de manifestação (Fotos: Divulgação)

Os trabalhadores de duas empresas de construção civil que atuam no Porto do Açu, em São João da Barra, voltaram a protestar, na manhã desta quinta-feira (7). Este é o segundo dia consecutivo de manifestação da categoria. O grupo é formado por prestadores de serviço das construtoras Andrade Gutierrez e Acciona, que atuam na obra da Usina Termelétrica (UTE) da GNA. Os manifestantes se concentraram na Rua Nova, no 5º distrito sanjoanense (Açu).

Uma das reclamações da categoria seria um número elevado de demissões imotivadas. Eles também pedem plano de saúde.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário de Campos (Sticoncimo), José Eulálio, explicou que a entidade também representa os trabalhadores que atuam no Porto, e que tem acompanhado de perto as atividades no empreendimento, assim como também acompanha o Ministério Público do Trabalho (MPT). Eulálio denunciou à Justiça do Trabalho, na última quarta-feira (6), que o movimento grevista é ilegítimo, promovido por um sindicato de Itaboraí, e ainda aguarda decisão judicial sobre o assunto.

Segundo Eulálio, após a Reforma Trabalhista promulgada em 11 de novembro de 2017, oferecer plano de saúde é uma escolha da empresa, de modo que a reivindicação não deve gerar paralisação de funcionários.

O presidente do sindicato negou, ainda, que tenha havido demissão em massa no Porto. Segundo José Eulário, setores que encerraram suas atividades dispensaram os colaboradores, como ocorre em um ciclo normal de qualquer obra.

“Outro ponto que este sindicato ilegítimo tem questionado é o acordo firmado entre empresas e o Sticoncimo para que os trabalhadores tenham folga de 20 de dezembro a 6 de janeiro sem que haja desconto em folha de pagamento. Para isso, ficou decidido, em acordo coletivo, assinado pelas partes, que os prestadores de serviço trabalhariam oito sábados para repor estes dias de folga. Mas este sindicato, que não representa legalmente os trabalhadores do Porto, está questionando o cardo”, disse o presidente do Sticoncimo.

Em nota, a Andrade Gutierrez e a Acciona informam que, “assim como ontem, integrantes de um sindicato que não representa a categoria impediram, novamente, que seus funcionários chegassem ao local de trabalho, interceptando os ônibus que realizam o transporte dos funcionários. As empresas ressaltam que já estão tomando as medidas necessárias para reverter a situação, para que seus funcionários possam se dirigir ao local de trabalho sem transtornos e para que as atividades nas obras sejam retomadas o quanto antes. Andrade Gutierrez e Acciona ressaltam ainda que seguem rigorosamente a legislação trabalhista (CLT) e a CCT – Convenção Coletiva de Trabalho, firmada junto ao sindicato da categoria que legalmente representa os trabalhadores na região. As empresas reforçam seus compromissos com os funcionários e comunidades“.