Luis Felipe Ferreira, Rafaela Machado, Larissa Manhães e Letícia Ferreira
A Maçonaria no Brasil e no mundo sempre despertou interesse e curiosidade. Por se tratar de uma das sociedades secretas mais antigas da História, diversos pesquisadores e escritores dedicam-se a registrar seus feitos e influências, além de teorias conspiratórias popular e vulgarmente espalhadas. Em Campos, a Maçonaria se tornou destaque ainda no século XIX. Parte dessa história diz respeito à Loja Maçônica Atalaia do Sul que completa 100 anos em 2019. O centenário foi registrado em livro que será lançado nesta sexta-feira (25), no Museu Histórico de Campos dos Goytacazes.
A importância da Maçonaria em Campos é abordada no livro Loja Maçônica Atalaia do Sul: a centenária do Paraíba (1919-2019), escrito pelos historiadores Rafaela Machado, Larissa Manhães, Letícia Silva e Luiz Felipe Ferreira. Desde o século XIX, diversos grupos organizaram lojas maçônicas na cidade e atraíram muitos homens influentes da política, da economia, da medicina, do direito e das igrejas, entre outras áreas.
Atualmente, há seis lojas maçônicas em atividade em Campos. Apesar de ser um ambiente tradicionalmente masculino, no ano de 1902, um grupo de mulheres chegou a organizar na cidade uma loja maçônica exclusivamente feminina. Quem descobriu este fato, foi a pesquisadora Rafaela Machado e seus colegas autores do livro.
Autores do livro com Aildo Carolino e Elmair Marques, líderes maçons
“O livro foi encomendado como obra comemorativa pela liderança da Atalaia do Sul, o venerável Elmair Marques. Precisamos adiar o lançamento, pois o volume de informações cresceu muito durante a pesquisa. Foram seis meses de atividades. Descobrimos este fato inédito que é a loja maçônica feminina que se chamou Loja Anita Bocaiúva. Ela durou menos de um ano, mas fez história. Esta e outras curiosidades sobre a maçonaria em campos são relembradas”, diz Rafaela.
O livro Loja Maçônica Atalaia do Sul: a centenária do Paraíba (1919-2019) possui 240 páginas. De acordo com Rafaela Machado, a obra destaca os ritos adomiramitas (proveniente de Adom Iram) considerados altamente espiritualizados. “Cada loja possui uma característica. A Atalaia do Sul se diferencia por este rito e outras atividades. Conseguimos mapear a importância política da maçonaria em Campos nos últimos séculos. O ex-presidente Nilo Peçanha, por exemplo, era maçom, assim como muitos políticos”, comenta.
O lançamento do livro sobre o centenário da Atalaia do Sul acontece nesta sexta-feira (25), no Museu Histórico de Campos, às 19h30. Os autores e lideranças da maçonaria participam de um debate. A entrada é aberta e gratuita para o público.
