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Santo Capellari: um agente de negócios e valores

Depois das agências de Campos e Itaperuna, Sicredi vai montar outras em Bom Jesus e São Francisco de Itabapoana

Entrevista
Por Aloysio Balbi
18 de outubro de 2019 - 17h21

Santo Capellari (Foto: Leandro Latyki)

Entrevista Santo Capellari – Presidente do Sicredi

O Sicredi Centro-Sul com 35 anos é vertente de uma instituição financeira de cooperativa de crédito que completa ao término de 2019 nada mais nada menos que 117 anos. Nas Regiões Norte/Noroeste Fluminense a Sicredi tem duas agências; Campos e Itaperuna. Porém, em 2020 estará inaugurando outras duas agências- a de São Francisco de Itabapoana e Bom Jesus do Itabapoana. A cooperativa de crédito não destaca a possibilidade de instalar
em curto prazo outras agências nos 48 municípios dessas duas Regiões. Um dos segredos do sucesso é a permanente aproximação com os associados, os incluindo em eventos diversos da sociedade onde atua, e promovendo cursos como o de educação financeira. As duas novas agências devem ser inauguradas no primeiro bimestre do ano que vem e o Sicredi continua prospectando novos espaços para futuras agências. Santo Cappellari diz que são vários os diferenciais da Sicredi, mas destaca um em especial: o de não ser apenas um endereço fixo e de se pautar para permanente contato com os associados. Isso acontece na forma de assembleias de prestação de contas entre outras ações da Sicredi.

Confira a entrevista

O Sicredi já tem 116 anos de atuação e a Sicredi Centro-Sul está completando 35 anos. Há muito o que comemorar, não?

Ao final deste ano de 2019, estaremos completando 117 anos de atuação e, com isso, estamos inseridos nessa história do sistema Sicredi. Com certeza têm muitas coisas a serem comemoradas e vibradas desde que a nossa regional foi inaugurada em 1984. Foi um trabalho muito árduo, mas hoje percebemos que todos, ou grande parte desses desafios, foram superados a cada ano que se passou.

Quais os desafios da cooperativa para os próximos 35 anos?

 Dentro do nosso trabalho, começamos há um ano, a abertura de duas cooperativas no Norte e Noroeste: Campos e Itaperuna e já estamos em 48 municípios. Os próximos desafios são em busca da  continuidade do crescimento. Vamos inaugurar, muito provavelmente em janeiro do ano que vem, duas cooperativas, sendo uma em São Francisco de Itabapoana e outra em Bom Jesus do Itabapoana.

Qual é a filosofia do Sicredi na relação com os seus clientes?

Temos uma relação bastante diferenciada com nossos clientes em comparação às demais instituições financeiras. Buscamos aproximação com nossos associados. Parte desse contato com o nosso quadro social, se dá através das nossas assembleias, reuniões de prestação de contas e eventos como um todo. Destaco as demais programações que também realizamos ao longo do ano, como o Outubro Rosa, Novembro Azul, Comitê Jovem, Comitê Mulher, Dia do Cooperado, (Dia C), eventos de Educação Financeira, almoços, jantares e outros.

Soube que pessoalmente o senhor gosta de estar à frente deste contato direto com esses associados. Qual o efeito disso?

Me orgulho de poder fazer parte desta cooperativa e estar a frente de um grande trabalho. Temos o Programa Crescer, que nos auxilia na nossa base de associados. É quando podemos formar pessoas e lideranças para contribuir com a cooperativa. Mas acima de tudo não ficar restrito a uma unidade física.

O senhor já tem uma avaliação sobre o desempenho das agências do Sicredi em Campos e em Itaperuna, as duas maiores cidades da região Norte/Noroeste?

Esse é um trabalho fruto de muitas mãos, de muitas pessoas que se envolveram e se dedicaram na busca dessa expansão. Dentro desse trabalho, começamos há um ano, a abertura de duas agências no Norte e Noroeste: Campos e Itaperuna. Com isso, estamos em 48 municípios e estamos dando muito certo na nossa relação com esses associados.

Mas parece que o Sicredi não para por aqui, já que existe um planejamento para instalar agências em Bom Jesus e São Francisco do Itabapoana. Isso é fato?

Sim. Já temos os locais definidos e as equipes de trabalho já estão se preparando para começarem as edificações para que na sequência, em janeiro de 2020, provavelmente, possamos estar inaugurando mais essas duas agências da nossa regional.

Neste projeto de expansão existe a médio ou longo prazo outras praças em vista na região?

Sim. Até o fim de 2021 estaremos em mais um ou dois municípios, elevando o cooperativismo de crédito para todo o nosso país. Não é um trabalho que concluiremos em pouco tempo. Vamos procurar fazer com que as pessoas conheçam esse nosso modelo.  Temos oferecido a melhor tecnologia para o nosso associado, mas sempre pensamos em nos aproximar e tentar entender e atender a necessidade deles.

O que diferencia o Sicredi de agentes do mercado convencional de instituições financeiras, com os bancos e as financeiras?

Nossa diferença é que o associado pode entrar na agência e ter a sua identidade, ter sua identificação dentro das nossas estruturas. O Sicredi tem alguém que o atende e responde as suas perguntas. Isso a gente não vê de forma tão proativa por parte dos bancos. Temos também as assembleias, prestação de conta, damos a eles a oportunidade de votar e de ser votado. Os bancos não geram essa oportunidade que o Sicredi gera.

Com o senhor vê hoje a economia tanto do estado do Rio de Janeiro quanto a do país como um todo?

No estado temos muito interesse de continuar crescendo,tenho esperança e convicção de que no passar do tempo (curto), possamos ver a economia do nosso país se recuperando.

O Sicredi investe em educação de crédito, o chamado crédito consciente?

Fazemos inúmeras reuniões e palestras sobre educação financeira e falamos que podemos ganhar dinheiro, fazer investimentos que necessitamos, como ter carro, terrenos, mas devemos saber que existem momentos bons e também de dificuldades. Sempre procuramos orientá-los sobre o gasto consciente de dinheiro e reforçar que a reserva de dinheiro é fundamental para suprir necessidades que possam surgir pela frente. Hoje o Banco Central incentiva que as cooperativas trabalhem bastante a respeito disso, tanto pela parte de tomar crédito como usar o seu recurso para que você não tenha dificuldades desnecessárias.

Sem querer ser repetitivo, dentro destes conceitos, o Sicredi, o senhor diria que essa é uma instituição financeira cooperativa que é socialmente responsável?

Somos uma cooperativa e falamos bastante disso porque as pessoas confundem muito. Temos um modelo bem parecido com os bancos, mas trabalhamos totalmente com responsabilidades sociais.

O Sicredi atende somente a pessoas físicas ou também a empresas?

Não fugimos da nossa essência, que é o setor agrícola/ agropecuário, principalmente no Paraná e Santa Catarina. Mas estamos no meio urbano também, gerando muitas oportunidades de negócios tanto para pessoas físicas, como jurídicas.Temos 38 mil associados em nossa regional e mais de 4 milhões em todo o Brasil.