Policiais Militares do Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) Campos organizaram uma ação para centenas de crianças da comunidade do Eldorado, em Guarus. O local é um dos mais violentos de Campos. No total, foram mais de 600 brinquedos distribuídos para as crianças da comunidade. Além disso, houve apresentação da banda do batalhão, distribuição de bolo e lanche. O Instituto Sawanna Por Todos também participou da ação com corte de cabelo e maquiagem para as crianças e adolescentes.
A ideia da realização do evento foi do sargento Wegillen, que atua no trailler da PM na comunidade, e do subtenente Tomé, mestre da banda de música do 8º BPM. “Têm crianças que olham pra polícia e começam a chorar, mas depois elas se aproximam e veem que o policial é amigo e vêm até tirar foto com a gente. O que está acontecendo aqui hoje é o que gente esperava. Estamos tendo um retorno muito bom”, contou o subtenente Tomé.
Para o sargento Wegillen, que já trabalhou em uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no RJ e já fez outras ações com esta, o momento é de grande importância para que haja uma integração com a comunidade.
“Através dessas ações mostramos para os moradores que somos pessoas de bem. Esse é o primeiro de muitos e, se depender da gente, ano que vem vai ter muito mais ações para as crianças. Queremos conseguir ainda mais parcerias para o próximo ano. Infelizmente existe aqui ainda uma carência muito grande de apoio do poder público. Estamos diminuindo os índices de criminalidade aqui e, se Deus quiser, futuramente isso aqui vai ser uma comunidade tranquila, de paz”.
João Batista Teixeira foi um dos pais que levou o filho ao local. “Esse evento está sendo uma maravilha, principalmente para as crianças mais carentes. Meu filho tem autismo e adorou ter vindo aqui e ganhado os brinquedos”, comemorou.
A dona de casa Stefany Sabino também levou a filha de três anos no evento. “Esta sendo muito bom para as crianças, minha filha gostou muito da boneca que ganhou”.
A tenente Gobeti, que também participou da ação, destacou a proximidade dos policiais com as crianças e a comunidade de uma forma geral.
“É muito importante a comunidade perceber que a gente está aqui não só para reprimir, mas também para auxiliar e a gente se aproxima desta forma, pra eles verem que podem confiar na gente. É também uma forma para termos nosso trabalho reconhecido, porque elas querem tirar foto com a gente, querem brincar… Sem contar que os adultos da comunidade também interagiram por meio de doações, nos ajudando a organizar as filas, distribuir cachorros quentes, nos emprestaram mesas. O evento foi tão bacana que previsão era começar 14h, mas 13h já estava cheio de criança aqui e nós começamos antes”, explicou.
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