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Justiça marca novo julgamento que decidirá sobre medicação de campista com doença rara

Recentemente o TRF-2 negou conceder o remédio que custa cerca de R$ 160 mil/mês

Campos
Por Redação
20 de setembro de 2019 - 9h27

Gylsa e família aguardam com ansiedade o próximo julgamento (Foto: Carlos Grevi)

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) marcou para 10 de outubro o julgamento presencial do recurso interporto pela defesa da farmacêutica Gylsa Pessanha Machado de Souza, 27 anos, que solicita do Sistema Único de Saúde (SUS) um medicamento que custa, em média, R$ 160 mil por mês. Ela sofre de uma doença genética raríssima, a Síndrome Hemolítica Urêmica Atípica (SHUa) e defende no tribunal que esse remédio, o Soliris, é o único tratamento capaz de estabilizar seus sintomas. No último julgamento do recurso, que foi virtual e cuja decisão foi conhecida no início desta semana, a 8ª turma do TRF-2 negou, por dois votos a um, a concessão do medicamento a Gylsa.

A SHUa é uma doença que compromete a camada interna dos vasos sanguíneos e, com isso, traz repercussões para boa parte do organismo. Especialistas apontam que, via de regra, os rins são os mais afetados, mas complicações neurológicas, gastrointestinais e cardíacas são bem comuns. A SHUa é considerada uma doença sistêmica, porque envolve vasos de todo o corpo.

Como se tratar de uma síndrome muita rara, apenas um laboratório nos Estados Unidos fabrica a medicação utilizada no tratamento, o Eculizumab, conhecido comercialmente como Soliris. E, por ser de altíssimo custo, Gylsa e a família não têm condições de comprar a medicação. Cada frasco contém 30ml e ela precisa tomar 240ml por mês divididos em duas doses. Isso significa que ela necessita de, ao menos, oito frascos mensalmente, sendo que cada um deles pode custar até R$ 20 mil. Enquanto aguarda uma decisão da Justiça sobre seu caso, a campista têm conseguido o medicamento por meio de doação.

“Fiquei desesperada ao receber a decisão do Tribunal, que me negou o medicamento. Mas não podemos perder a fé. Agora é esperar o próximo julgamento”, disse Gylsa, mãe do pequeno Artur Benjamin.

Segundo Gylsa, os interessados podem ajudar entrando no site www.ajudegylsa.com .

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