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Greve dos Correios: apenas cartas serão entregues em Campos

De acordo com sindicato, encomendas enviadas por PAC ou Sedex não serão entregues até o fim da paralisação

Geral
Por Marcos Curvello
11 de setembro de 2019 - 12h36

Correios têm cerca de 200 funcionários em Campos, segundo sindicato da categoria; 30% permanecerão trabalhando. (Foto: JTV)

Funcionários dos Correios decretaram greve por tempo indeterminado na noite desta terça-feira (10). Em Campos, cartas serão entregues normalmente. Porém, a entrega de encomendas foi suspensa. De acordo com Marco Aurélio da Conceição, diretor do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, a estatal conta com cerca de 200 servidores no município. Ele afirma que 30% do efetivo permanecerá trabalhando durante a paralisação.

Ainda segundo Marco Aurélio, o diretor do sindicato afirma que o Centro de Distribuição Domiciliária localizado na 7 de Setembro continua funcionando normalmente e que cartas serão entregues. “Mesmo com parte do efetivo parado, continuaremos entregando as cartas”, afirma.

Porém, os usuários deverão esperar o fim da greve para receber suas encomendas. “As encomendas enviadas por Sedex ou PAC estão paradas Centro de Entrega da rua Rocha Leão, no Caju, porque não há funcionários para mexer com as caixas que chegam de Centro de Tratamento de Benfica, no Rio. Então, mesmo que a pessoa vá até lá, não será possível entregar o pacote”, conta.

A categoria revindica reajuste salarial que reponha a inflação e a manutenção de direitos e benefícios. A direção dos Correios, porém, acena com aumento de 0,8%, pretende exclusão do vale cultura, reduzir o adicional de férias de 70% para 33% e aumentar da mensalidade do convênio médico e da coparticipação em tratamentos de saúde.

“Nossa intenção é provocar a Justiça do Trabalho para ver se conseguimos celebrar um acordo que não seja tão prejudicial para a categoria. A proposta da direção só tem perdas”, diz Marco Aurélio.

Em nota oficial, os Correios afirmam que participaram de dez encontros na mesa de negociação com os representantes dos trabalhadores, quando foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o Acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões. Mas as federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa, algo insustentável para o projeto de reequilíbrio financeiro em curso pela empresa”.