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O teatro mudo de Campos dos Goytacazes

No mundo atual, a divulgação é peça essencial para o sucesso de qualquer coisa que você queira fazer

Opinião
Por Redação
9 de setembro de 2019 - 9h38

O que seria do pregador na Igreja, do vendedor de frutas, do líder de torcida, do cantor, do comediante, do jornalista, do político, dentre outros, sem o som emanado das caixas de som? Por que muitos sabem que a galinha põe ovos e, a pata, que também exerce a mesma ação, poucos sabem?

No mundo atual, a divulgação é peça essencial para o sucesso de qualquer coisa que você queira fazer. Há exagero? Claro que há, mas mostrar o que se faz é primordial para que a mensagem chegue ao máximo de pessoas possível.

A atual administração de Campos dos Goytacazes possui um prefeito de fácil manejo e como dizem os mais velhos, “bom de rua”. Muitos são os problemas enfrentados pela atual administração, vários desses, deixados como legado nefasto e outros, claro, nascidos e criados na atual gestão.

Uma dessas crias novas, nascidas na atual gestão do Prefeito Rafael Diniz é a sensação de que não temos uma comunicação que consiga levar aos quatro cantos do município as agendas positivas do governo. As dificuldades e os problemas já estão todos os dias, desde as seis da manhã, em todos os grupos de watsapp, bem como nas demais redes sociais. A mensagem negativa “come solta” e a positiva agoniza na UTI do Cesec.

Na última semana, a FMIJ (Fundação Municipal da Infância e da Juventude) recebeu oito veículos novos para atender os serviços, deixando de lado as kombis, que tanto riscos causavam (inclusive uma pegou fogo e quase causou danos a menores).

A entrega desses veículos seria um momento, (dentre tantos outros que sequer sabemos que tenha acontecido), para o governo gerar uma agenda positiva, convocar a imprensa, explicar a importância de todo esse contexto da entrega diante dos menores e seus familiares, ou seja, “administrar com política social”.

Nem os integrantes da Secretaria de Comunicação do município acharam relevante a entrega dos veículos, pois só postaram a matéria, no site oficial da PMCG, no dia seguinte, como se ainda vivêssemos no tempo das cavernas ou para não sermos tão antigos, na época que só tínhamos informação através do rádio e da mídia impressa.

A atual gestão precisa ter uma comunicação efervescente, ligada, antenada e com faro. Assim como os apontamentos negativos e as cobranças chegam à velocidade da luz, as agendas positivas não podem chegar quase um dia depois.

Um governo precisa assumir seus erros, buscar os acertos e dar satisfação à sociedade contribuinte. Por outro lado, os gols que a gestão faz não podem ser divulgados apenas no vestiário, precisam chegar junto com o técnico nas arquibancadas, para gerar cantos positivos de entusiasmo.

Não escrevo para colocar fogo no parque, mas cá para nós, a lona está queimando e os pingos das chamas estão caindo na cabeça de todos nós. Um governo com mídia deficitária dificilmente avança, pois é através da divulgação e de seus inúmeros aparelhos que um governo apresenta seus avanços.

Para muitos, esse texto pode parecer provocativo, mas não é. Trata-se da leitura de um homem público que sabe a quentura da panela e concorda que as deficiências governamentais sejam apresentadas, mas que torce que a agenda positiva venha à tona, pois, caso contrário, vai ficar valendo sempre a versão que nos chega sempre às seis da manhã, nas redes sociais que, se diga de passagem, fazem um grande serviço.