Setembro chega com a área de saúde preocupada com o aumento de casos de depressão que muitas vezes leva o deprimido ao suicídio. O assunto, que até pouco tempo era tabu, começa a ser discutido mais abertamente, com os índices mostrando que a depressão passou a ser um dos maiores problemas de saúde pública no mundo e que deve ser tratada como doença.
Em Campos, ocorreram recentemente casos de tentativas e de suicídios, com pessoas se jogando de pontes e de altos andares de edifícios. Na imprensa, existe um código de ética que pondera quando um suicídio deva ser noticiado, partindo da premissa de que esse gesto extremo poderá incentivar involuntariamente outros, em efeitos dominó.
Mas isso está sendo revisto. O tabu, como já citado aqui, está trincado. Em todo país existem entidades que atendem pessoas depressivas de modo remoto, por telefone ou internet. Os resultados momentaneamente são satisfatórios, mas do outro lado da linha quem acalma também orienta a procura de ajuda médica.
O mês de setembro é dedicado a esse tema, assim como a reportagem Especial desta edição. Não há precisão nem exatidão nos diagnósticos de uma depressão. O que a provocou? Quando? Do nada, como se diz por aí, essa doença que gera pânico surge e muitas vezes compromete relações de trabalho e afetivas.
Seria um sintoma dos dias corridos de hoje? Parece que não. Existem casos de depressão e de suicídios em cidades com menos de 20 mil habitantes. No trincar do tabu, ouve-se o som dos aflitos acometidos pela depressão, e isso permite a abertura de um amplo debate, que na área médica é multidisciplinar.
É preciso que esse tema seja bem debatido a exaustão, porque estamos criando milhares de pessoas dependentes de Rivotril e seus primos. A medicação é necessária, mas com controle médico. É preciso debater esse mal que ronda os dias atuais.
