A revista divulgou que o ex-assessor vive no bairro do Morumbi, na Zona Sul de São Paulo e, faz tratamento no Hospital Albert Einstein.
Não se tinha notícia de Queiroz desde o dia 12 de janeiro, quando postou na internet um vídeo dançando em um hospital durante a recuperação de uma cirurgia. Desde então, ele não fez mais aparições públicas e o bordão “Cadê o Queiroz?” se tornou popular nas redes sociais.
Apesar das buscas, é importante destacar que não há ordem de prisão contra ele, nem mesmo determinação para que deponha.
Questionado por jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente disse que, quando o conheceu, era “um cara sem problemas, nota dez”. “Apareceu esse problema, quem responde por ele é ele, não sou eu”, completou.
Relatório do Coaf
Fabrício Queiroz foi assessor e motorista de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018, quando foi exonerado. Em 2018, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou em sua conta movimentações atípicas no valor total de R$ 1,2 milhão, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
O relatório do Coaf, apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
De acordo com o Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, o valor veio de um sistema de coleta de repasse de dinheiro de funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro. Na época, Queiroz disse que o dinheiro veio do lucro da venda de carros e depois afirmou que recolheu salários dos funcionários do gabinete para poder contratar mais gente.
O MP do Rio abriu um procedimento para investigar o caso. Porém, em julho de 2019, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, acolheu o pedido da defesa de Flávio Bolsonaro e suspendeu temporariamente todas as investigações em curso no país que tenham como base dados sigilosos compartilhados pelo Coaf.
O julgamento sobre uso de dados sigilosos do Coaf em investigações está previsto para o 21 de novembro. No entanto, Toffoli informou que pretende antecipar.
Ambiente
Na porta do Alvorada, Bolsonaro também comentou sobre a questão das queimadas da Amazônia e classificou de “pressão” a ameaça de interrupção de compra de produtos brasileiros.
“É pressão, isso é normal no mundo todo. Faz parte da regra do jogo. Eu não trabalho dessa maneira. Agora, eles querem o quê? É a nossa soberania”, disse.
“Depois vão acabar fazendo uma maldade com índios e botar na minha conta e dizer que nós não temos como tomar conta da Amazônia, do índio”, disse ainda Bolsonaro.
“Agora, o Macron [presidente da França] tem o lado pessoal dele também. Se está mal, é porque não está sabendo administrar o seu país. Motivo para querer crescer em cima do Brasil não vai crescer e não aceitamos esmola, tá certo? Ponto final”, completou.
PGR
Sobre a indicação do sucessor da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Bolsonaro afirmou que recebeu a informação de que estariam sendo nomeados cargos no órgão a partir do outubro, na próxima gestão.
Segundo a coluna Painel deste sábado do jornal “Folha de S.Paulo”, Dodge começou a nomear procuradores regionais eleitorais, como é tradição, mas a partir da data em que ela já não estiver mais no posto.
“Eu não posso ter um PGR que chegue lá e não possa mexer em câmaras, não possa mexer em nada”, afirmou.
Questionado se seriam nomeações de Raquel Dodge e se isso influenciaria em sua escolha, Bolsonaro afirmou: “Só pode ser ela. Espero até que não seja verdade”. “Não vai influenciar em nada. Que vai ter algum peso, vai, não há a menor dúvida”.
Fonte: G1