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A decepção na política

A banda podre da classe política sofre da patologia do “quanto pior melhor”.

BLOG
Por Redação
26 de agosto de 2019 - 16h22

Não tenham dúvidas de que na política as decepções são tão grandes quanto as que nos arrasa na vida privada.

Na política elas são somatizadas, pois, há os anseios sociais, a morosidade em responder aos reclames sociais, a corrupção, a atrofia da máquina pública e a utilização dos mandatos, por muitos, para interesses estritamente pessoais.

O momento político atual, dentro do panorama das cidades é o pior possível. As decepções se alastram como se fossem pavios de pólvoras deixando a população eleitora cada vez mais incrédula com a destruição da classe política.

Por outro lado, são diante desses tempos sóbrios que surge a vontade de elevar conceitos, mostrar que sonhos coletivos podem ser realizados e que existem sim, homens de bem a serviço de uma sociedade melhor.

As decepções são geralmente ocasionadas pelo sistema inoperante, deficiente, deformado e que faz dos menos favorecidos, peças sofridas de uma engrenagem que oferece a cada dia menos.

Não é fácil sentir que a saúde é indigna, as portas de emprego a cada dia mais escassas, a educação atrofiada e a cada segundo com menos recursos e as ruas, vergonhosamente cheias de homens, mulheres e crianças sem esperança, mendigando por uma moeda nos sinais.

(Divulgação)

O retrato atual é decepcionante e a guerra ideológica só afaga os corações daqueles que acham que a vida é feita de julgamentos, comparações e da intromissão na vida privada.

Temos muitos cânceres sociais a serem extirpados e muitos deles têm nome no nódulo. São políticos canalhas, ladrões do erário que se posicionam como moscas, aguardando que a podridão se alastre para proliferar.

A banda podre da classe política sofre da patologia do “quanto pior melhor”. Eles precisam do caos, se alimentam da máquina emperrada, avançam aonde há fome e desespero e organizam uma ação inescrupulosa, oferecendo falsa dignidade para ter acesso ao título eleitoral do dependente.

A decepção na política nunca acabará, mas há chances de espalharmos para a sociedade a diferença abismal existente entre os homens de bem e os bandidos de gravata.

Quando olhamos de forma sensível para todo o dinheiro que foi jogado no ralo. Ao constatar que muito poderia ter sido feito e não foi, pois havia planos de poder individuais que dilapidaram quase tudo, nos vemos diante de terras arrasadas, secas e sem brilho.

A hora é de levantar a cabeça, reconhecer que não há cidade rica, que os dias de fartura ficaram para trás e que agora é hora de nos apresentarmos como políticos responsáveis e que sabem dizer “não” quando necessário. Ou tapamos as fendas oriundas da corrupção ou esvaziamos a cidade, pois fatalmente uma ‘tsunami’ virá e vai levar o pouco que restou.