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Editorial: A invasão dos hackers

As brechas mais utilizadas são as 'portas' abertas pelos programas para receber arquivos

Opinião
Por Redação
25 de agosto de 2019 - 0h01

(Foto: Carlos Grevi)

É no mínimo temerário o que está acontecendo em grandes empresas de Campos onde hackers estão invadindo e sequestrando os dados dos computadores, cobrando resgate com preços que variam de mil a cinco mil dólares para devolver o conteúdo roubado. Os hackers mais hábeis conseguem invadir um computador explorando falhas nos softwares. As brechas mais utilizadas são as “portas” abertas pelos programas para receber arquivos.

Quase todo software mantém esse tipo de mecanismo – não fosse assim, sua máquina nem teria como se conectar à internet, por exemplo. O que os hackers fazem é criar programas que enganam essas portas, entrando no computador como se fossem arquivos inofensivos.

Se ela for o computador central de um site de comércio eletrônico, por exemplo, o ladrão cibernético pode roubar números de cartão de crédito. Se ela for um servidor de internet, o cidadão não terá dificuldade para desfigurar sites. Na galeria dos hackers mais perseguidos, o campeão é o americano Kevin Mitnick, que durante as décadas de 80 e 90 invadiu até os computadores do Pentágono, o principal órgão de defesa dos Estados Unidos.

Outro tipo de invasão hacker é aquela que espalha vírus de computador. A diferença é que tais vírus são criados para se auto-reproduzir pela rede, danificando o maior número possível de máquinas, mas sem deixar o invasor controlá-las. O vírus mais agressivo da história, o MyDoom (algo como “minha danação”), espalhou-se por dezenas de milhões de máquinas em 168 países.

O ataque em Campos com certeza é remoto, feito do outro lado do oceano. Está longe de ser uma brincadeira. É uma invasão criminosa, um sequestro. Ainda vamos ouvir falar muito disso.