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Ainda sentindo dores, médica agredida por lutador volta ao HFM

Cíntia Silva Maciel passou por nova tomografia e exames oftalmológicos

Campos
Por Redação
23 de agosto de 2019 - 9h14

A médica Cíntia Silva Maciel, de 32 anos, agredida pelo professor de artes marciais Francinei Gonçalvez Farinazo, no último final de semana, voltou ao Hospital Ferreira Machado (HFM), nessa quinta-feira (23), sentindo fortes dores. Segundo a defesa de Cíntia, ela ainda está bastante abalada com tudo o que aconteceu. A médica passou por nova tomografia e exames oftalmológicos e segue em repouso em casa. O lutador chegou a ser preso em flagrante, mas pagou fiança de R$ 10 mil e foi liberado.

O advogado de Cíntia, Luiz Felipe Gomes, explica que a médica ainda sente dores e, por isso, foi necessário voltar à unidade hospitalar. Como a região da cabeça foi bastante afetada pelas agressões, a vítima fez nova tomografia e passou por avaliação de um oftalmologista.

A defesa disse que ainda aguarda uma medida protetiva em favor de Cíntia. Ela prestou depoimento na última segunda-feira (19).

A equipe de reportagem fez contato com a defesa de Francinei, que não quis se pronunciar. O advogado Amir Moussalem disse que aguarda o fim das diligências para falar sobre o caso.

Entenda o caso:
Cíntia deu entrada no HFM, na noite do último domingo (23), levada pelo próprio Francinei. Para justificar os ferimentos à equipe médica, ele teria alegado que ambos tinham sofrido um acidente de carro.

Na última segunda, Cíntia falou com exclusividade ao Jornal Terceira Via. Ela contou que se relacionava com o professor de artes marciais há cerca de cinco meses e que a agressão teria acontecido após três fins de semana de brigas consecutivas.

Suspeito chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança (Foto: Reprodução/acervo pessoal)

“Estávamos brigando todo fim de semana. Neste sábado, havíamos ido, junto com uma das minhas primas e amigas, a um restaurante de comida japonesa. É um local que frequento há muito tempo e em que todo mundo me conhece. Ele havia bebido muito e ficou irritado depois que um garçom trouxe algo para eu beber”, relata a médica.

Segundo Cíntia, Francinei teria se desentendido com o garçom e saído do local. “Ele foi super-grosso. Deixei o restaurante com minha prima e minhas amigas foram para outro lugar. Ele ficou lá. Mas, daí a pouco, um amigo dele começou a me ligar. Disse que ele estava arrependido e que queria conversar. Eu ouvi ele completamente transtornado do outro lado da linha e disse que não seria boa ideia, mas acabei voltando”.

O professor de artes marciais, então, teria entrado no carro da médica. “Ele já chegou gritando. Disse que ia para outro lugar, depois disse que ia para casa. Estava dirigindo quando ele começou a me golpear. Tentei me proteger com a mão do jeito que pude e não parei de dirigir. Mas não me lembro de tudo”, relata Cíntia.

“Acidente”

De acordo com a médica, seu carro foi encontrado sujo de sangue em um posto de combustíveis próximo ao HFM, onde teria sido abandonado pelo professor de artes marciais. “Segundo colegas de trabalho que estavam de plantão no momento, ele me levou para o Ferreira Machado. Chegou me segurando pelo pescoço. Tinha as mãos sujas de sangue, mas disse que meus ferimentos haviam sido ocasionados por um acidente de carro”, diz, acrescentando. “Não me lembro de ter feito o percurso do posto até o Hospital”.

Ainda conforme o relato de colegas de Cíntia, Francinei foi detido por um grupo de policiais militares ainda na unidade de saúde.