A médica Cíntia Silva Maciel, de 32 anos, chegou às 14h desta segunda-feira (19), na sede da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), em Campos, para prestar depoimento sobre a agressão que sofreu no último fim de semana. O interrogatório durou mais de quatro horas. Ela deixou a delegacia por volta das 18h40, com um aparato de proteção a sua imagem.
O caso ganhou grande repercussão na cidade. Na delegacia, ela será encaminhada a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.
Cíntia chegou na companhia de outra mulher, se encontrou com seu advogado e entrou na Deam pelos fundos. Ela recebeu alta médica pela manhã do Hospital Ferreira Machado.
De acordo com o advogado da médica, Luiz Felipe Gomes, o inquérito corre sob sigilo e que a vítima está com muitos danos físicos em decorrência das agressões que sofreu no último final de semana. Ele revelou que foi pedida uma medida protetiva contra o lutador de artes marciais.
“A Cíntia está muito abalada com tudo o que aconteceu. Ela ficou com o resto bastante desfigurado, foram vários pontos na região da boca, no nariz, atingiu também a região dos olhos”, comentou o advogado.
Segundo a defesa da médica, o professor de artes marciais teria duas passagens pela polícia, sendo uma delas por lesão corporal.
O suspeito do crime é o namorado de Cíntia e professor de artes marciais Francinei Gonçalves Farinazo, que foi preso em flagrante e liberado em seguida após pagamento de fiança. Ele foi detido no Hospital Ferreira Machado, ao dar entrada com Cíntia, alegando que sofreram um acidente de carro.
Por telefone, Francinei informou que seu advogado é quem falará sobre sua versão no crime. O advogado Amir Moussallem informou que está aguardando ter acesso ao depoimento da vítima e o fim das diligências policiais para se manifestar. Ele disse também que protocolou uma petição na Deam, se colocando à disposição da delegada.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso foi registrado – inicialmente – como lesão corporal no âmbito da violência doméstica. “Conforme determina a lei, o pagamento da fiança pode ser arbitrado quando a pena não ultrapassar quatro anos”, informou a nota. De acordo com a Deam de Campos, “a investigação está em andamento, a vítima será ouvida e encaminhada para exame de corpo de delito para avaliar a gravidade das lesões. Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do fato”.
*Mais informações em instantes.