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Próximo 007 no forno

Agente secreto ‘James Bond’ tem novo encontro com a telona em 2020

BLOG
Por Guilherme Belido
18 de agosto de 2019 - 0h01

Daniel Craig vai estrear seu quinto personagem 007, ainda guardado com muito segredo. A era Craig começou com Cassino Royale, seguido
por Quantum of Solace, Operação Skyfall e, por último, em 2015, Spectre. Certamente será o último papel do ator inglês na série James Bond.

Ainda envolto numa teia de segredos como é de praxe quando chega o anúncio de um novo filme da mais famosa série da história do cinema, o 25º desafio do espião britânico 007 está previsto para ser lançado em abril de 2020.

Os produtores confirmaram a permanência de Daniel Craig como ‘James Bond’, que desde 2006 assumiu o protagonismo da franquia ao estrear em “Cassino Royale”.

O nome do longa não foi divulgado – outra tradição dos diretores –, que no entanto confirmaram as participações de Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Ben Whishaw, Naomie Harris, Rory Kinnear e Je­ rey Wright – elenco que esteve presente nos últimos filmes de Bond.

O longa terá cenas rodadas na Jamaica – que abrigou cenas do primeiro Bond, intitulado ‘007 Contra o Santânico Dr. No”, de 1962 – bem como na Inglaterra, Noruega e Itália.

História de sucesso

“Meu nome é Bond, James Bond”, é o cartão de apresentação do personagem criado na década de 50 pelo escritor Iam Fleming, inicialmente em livros de bolso, dando vida ao agente britânico 007, do serviço de espionagem inglês MI-6.

O primeiro dos romances da saga foi ‘Cassino Royale’, cuja enorme popularidade e sucesso de vendas abriu caminho para que na década seguinte chegasse ao cinema “O Satânico Dr. No” (1962), inicialmente previsto para ser um filme isolado.

Muito além, ‘Dr No’, que vestiu Sean Connery no personagem do charmoso espião britânico, deu início à franquia de maior sucesso e longevidade do cinema, com nada menos que 24 produções, conferindo à série, também, a maior bilheteria ao longo de quase seis décadas.

Nesses 57 anos em que seis atores interpretaram 007, os dois primeiros seguem como os mais emblemáticos. No topo, o próprio Sean Connery, hoje com 88 anos, que inauguraria a série e faria seis filmes; e Roger Moore, que de 1973 a 1985 interpretaria Bond em sete longas.

Fase de ouro

As três primeiras décadas são consideradas a fase de ouro da franquia, com 13 filmes protagonizados por Connery e Moore. Curioso observar que pertence à fase inicial – e não a tempos mais recente – aquele que é considerado o ícone dos 007s (o segundo da franquia), aclamado como o principal: “Mostrou contra 007” (From Russia With Love), de 1963, um clássico .

Na sequência, ainda com Sean Connery, viriam “007 contra Goldfinger” – também de enorme sucesso – “007 Contra a Chantagem Atômica”, “Com 007 só se vive duas vezes” e “007 os Diamantes são Eternos”.

Roger Moore – O segundo James Bond chegaria com o também britânico Roger Moore, a quem caberia interpretar o maior números de títulos: Viva e Deixe Morrer, 007 Contra o Homem da Pistola de Ouro, 007 – O Espião que me Amava, 007 Contra o Foguete da Morte, 007 Somente para seus Olhos, Contra Octopussy e Na Mira dos Assassinos – este último recebendo a pior crítica e bastante contestado porque Moore, então com 57 anos, não combinava com um espião que tinha que saltar de avião, fazer cambalhota com carros de corrida, esquiar nas montanhas mais altas, lutar contra 10 vilões e ainda arrancar suspiros das mocinhas de 18 anos.

Os 6 seguintes, Timothy e Pierce

Boa parte da crítica defende que Thimothy Dalton, que interpretou “007 Marcado para a Morte” (1987) e “Permissão para Matar” (1989), não teve o devido reconhecimento e poderia e poderia ter ido mais longe.

Em particular por sua interpretação em “Permissão para Matar”, filme de excelente qualidade, que surpreende com um final eletrizante nas cenas dos caminhões, quando 007 persegue o traficante Sanchez, e no qual, pela primeira vez, a franquia avança no recurso tecnológico.

Mas o galã Dalton parou por aí, dando lugar a Pierce Brosnan, a quem coube resgatar o prestígio da série nos quatro filmes que faria: 007 Contra GondenEvy, O Amanhã Nunca Morre, O Mundo não é o bastante e Um Novo Dia para Matar – todos elevando o padrão tecnológico que passaria a ser a nova marca de Bond entre 1995 e 2002.

“007 A Serviço de Sua Majestade”

De propósito se faz em separado o registro do único Bond que, projetado para ser um sucesso, acabou como fracasso. Com o melhor título de todos, “007 A Serviço de Sua Majestade”, de 1969, o ator australiano George Lazenby seria o único a interpretar 007 apenas uma vez.

Rodado nos Alpes Suiços e tendo como coadjuvante Telly Savalas, o enredo não agradou e, segundo se comentou, Lazenby, além de inexperiente, teria assumido ares de estrela.

O comportamento não agradou aos produtores que trouxeram Connery de volta para mais um filme, antes de passar definitavamente o bastão para Roger Moore.

Elenco do 25º James Bond

Não são poucos os que advertem que os últimos 007s, particularmente os da era Daniel Craig, brutalizaram a franquia e fizeram com que o espião mais charmoso, elegante e bem educado do cinema desse espaço a roteiros mais alinhados aos estilos Duro de Matar, Carga Explosiva, Rambo e Os Mercenários, do que aqueles da fase inicial, que melhor reportavam o estilo Fleming.

De fato, os produtores procuraram um equilíbrio no último, (Spectre, de 2015), mas não conseguiram. Querem associar mais ação, sem, contudo, perder a fórmula dos anos 60 e 70. É esperar para ver o que entrega o 25º, que chega às telas daqui a oito meses.