(Foto: Silvana Rust)
O problema da dependência química, no que se refere à sua solução, não depende de ponto de vista, embora existam muitos. O primeiro passo é identificar aqueles cuja dependência se transformou em doença e convencê-los ao tratamento. Ao mesmo tempo, alertar os que usam essas drogas como “recreação” que eles, aos poucos, sem perceber, estão cavando um poço fundo e que gradativamente irão chegar ao fundo dele.
Como bem definiu o repórter Ocinei Trindade, autor da reportagem especial desta edição, ser dependente de álcool e drogas ilícitas é uma doença grave. Apurou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) define a dependência química como doença crônica que pode ser agravada, caso não se faça um tratamento adequado.
A reportagem mostra que a dependência química está relacionada a algum tipo de transtorno mental. Em Campos, há várias pessoas com grandes dificuldades para lidar com o problema ou para se livrar do vício. Além dos usuários, familiares e amigos próximos também são afetados pelo drama da dependência.
A luta contra a dependência química é árdua e diária, sem um dia sequer de interrupção, afirmam especialistas. Por se tratar de doença crônica, ela não tem cura, mas há tratamentos. Em Campos, existem entidades que fazem esse tratamento, como o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas Dr. Ari Viana (Caps AD), especializado em saúde mental, atendendo gratuitamente usuários de álcool e outras drogas, que sejam maiores de 18 anos.
Existem outras organizações, como os grupos Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA), que também oferecem apoio a dependentes. Entidades religiosas acabam se destacando como centros terapêuticos e de abrigo a pessoas adictas que foram abandonadas pelas famílias.
A reportagem mostra que esse é um problema não exclusivamente do doente, mas de toda a sociedade, pois de forma direta ou indireta tem reflexos nela.
