Médicos da rede pública municipal de Saúde de Campos rejeitaram a proposta apresentada pelo prefeito Rafael Diniz (CDN), com o intuito de encerrar a greve da categoria. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira (14), em assembleia convocada pelo Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) e realizada na Faculdade de Medicina de Campos.
Com isso, o atendimento nos ambulatórios de unidades pré-hospitalares (UPHs) e unidades básicas de saúde da família (UBSFs) permanece suspenso por tempo indeterminado. Já nos hospitais municipais, serão atendidos apenas casos de urgência e emergência. Consultas ambulatoriais que já estavam agendadas precisarão ser remarcadas.
O acordo foi resultado de negociações entre o poder público e representantes da categoria, acontecidas entre segunda (12) e terça-feira, e incluía abono e reposição das horas não trabalhadas durante a paralisação, pagamento de 50% das substituições e gratificações no mês de julho e autorização do gozo das férias sem o pagamento imediato do 1/3 de férias.
Uma ata formalizando a proposta foi assinada pelo prefeito, pelo secretário municipal de Saúde, Abdu Neme (PR), pelo presidente do Simec, José Roberto Crespo, e por Rogério de Sousa Bicalho Filho, coordenador da seccional do do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) em Campos.
Submetido a votação dos médicos, porém, o documento foi rejeitado. A categoria segue pedindo melhores condições de trabalho. O Simec prepara uma contraproposta, que deverá ser apresentada em breve à Prefeitura.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que “até o momento não foi notificada, oficialmente, sobre a continuidade da greve dos médicos. Porém, diante das informações divulgadas pela imprensa sobre a rejeição do acordo, está suspenso o pagamento dos 50% referentes a substituições e 50% de gratificações desta categoria.
Para os demais profissionais de 3º grau da Saúde que têm direito a este pagamento, a Prefeitura informa que está mantido para amanhã, sexta-feira. O valor correspondente aos médicos está reservado para quando houver o cumprimento do Pacto pela Saúde”.