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À espera de um lugar

Crianças a serem adotadas e pais que querem adotar correm contra o tempo

Opinião
Por Redação
11 de agosto de 2019 - 0h02

Como a semana começa com todas as referências à paternidade, assim como em maio foi com a maternidade, é bom lembrar que outubro é a vez das crianças, com um mês todo dedicado a elas. Mas é bom sempre lembrar que existe um lado triste desta história, com crianças esperando a felicidade bater na porta. Em Campos existem muitas à espera de uma adoção.

A cidade tem seus abrigos para os órfãos, onde ficam em compasso de espera para saber se saem de lá no colo, de mãos dadas ou com as próprias pernas quando já tiverem idade e ninguém se interessou por elas.

A repórter Priscilla Alves fez o desenho deste comovente problema social, sempre com a preocupação de preservar as crianças. Porém é inevitável identificar problemas que emperram a fila de adoção, criados pela burocracia das leis, que no fundo querem proteger as crianças, mas atrapalham.

Não se pode cobrar agilidade dos magistrados que têm que operar como determinam as leis. Mas crianças a serem adotadas e pais que querem adotar correm contra o tempo: a criança para ter uma infância como qualquer outra, e os pais dispostos a adotar, cumprir o papel de mentores do homem de amanhã.

É preciso que esse assunto seja mais debatido. Que leis sejam mais flexibilizadas pois neste contexto tudo e todos têm pressa. Casais dispostos a adotar crianças existem, assim como existem crianças para serem adotadas. Muitas histórias de amor fraterno foram escritas mais com as lágrimas da emoção do que pelo tipo sanguíneo.

Um bom momento para uma reflexão de todos a respeito deste problema, onde a solução está ao alcance dos braços de muitos. Que todos abracem de uma forma ou de outra o compromisso de solucionar tudo isso.