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Quando o amor desconhece fronteiras

A pediatra campista Livia Faria Mendonça é voluntária no Malawi, país africano que sofre por várias carências e abandonos

Geral
Por Redação
5 de agosto de 2019 - 7h00

Livia se uniu a outros 40 voluntários

Malawi é um pequeno país considerado o “coração quente da África” devido à hospitalidade do povo que vive ali. É nesse lugar que foi construído, há 24 anos, um campo de refugiados de guerra em uma área cedida pelo governo onde vivem hoje aproximadamente 40 mil pessoas em situação de extrema pobreza, sem saneamento básico, com escassez de água e impedidos de trabalhar ou estudar. E foi justamente para esse local que a médica pediatra campista, Lívia Faria Mendonça, desenvolveu um trabalho voluntário por 10 dias junto a uma caravana da ONG Fraternidade Sem Fronteiras.

Lívia e outras 40 pessoas, entre médicos, dentistas, fisioterapeutas e psicológos, de diversos estados do Brasil, motivados pela vontade de amparar crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e risco social, abriram mão do conforto e do tempo com a família para dedicar-se ao trabalho voluntário. Afinal, todos tinham um objetivo comum: vivenciar essa experiência com o coração aberto para doar e receber amor.

O país carece de ajudas (Foto: Reprodução)

“Eu estava pronta e a ocasião era oportuna? Não mesmo! Tenho uma filha de seis anos, não tenho emprego com carteira assinada, portanto não tenho férias, e nem de longe tinha a quantia em dinheiro a ser paga a ONG e para as passagens aéreas”, lembra a médica que, desde menina, sempre teve a vontade de fazer algo pelo povo africano. Tanto que Lívia pediu ajuda aos amigos que, por meio de rifas, contribuíram com a missão e, de alguma forma, estiveram com ela naquele lugar. “Foi assim que consegui a quantia necessária para os gastos básicos. Mas as passagens? Essas eu termino de pagar em 2020 (rs). Gosto de contar essa história porque sei que outras pessoas têm vontade de fazer esse trabalho, mas acreditam não ter condições. Com o meu exemplo, espero que elas não desistam”, afirmou.

A campista e o grupo de voluntários realizaram os atendimentos médicos em tentas ao lado do campo de refugiados de Dzaleka. Eles ficaram hospedados na escola construída pela Fraternidade Sem Fronteiras que, dentro em breve, deve iniciar as aulas para cerca de 2 mil crianças. “O que ainda não é suficiente, já que são 9 mil sem escola hoje no Malawi”, lembra Lívia.

A médica conta ainda que a situação que pode conhecer naquele campo de refugiados é diferente de tudo que já viu. “Não há guerra em nosso país e, talvez por isso, nós, brasileiros, não consigamos compreender o sentido de tudo aquilo e até mesmo ajudar de forma efetiva. Aquelas pessoas, antes de serem considerados refugiadas e viverem em um campo como aquele, tinham casa, trabalho, família e uma rotina dentro de seus países antes que as guerras destruíssem tudo”, destacou Lívia.

A jornada de trabalho de Lívia e dos outros profissionais que participaram da caravana era cansativa. O grupo iniciava os atendimentosàs 8h e terminava ao anoitecer. “A fila de pacientes era interminável, as queixas mais diversas e muitas das vezes impossíveis de serem resolvidas ali, o que me trazia um sentimento de frustração enorme. Mas, ao mesmo tempo, conseguíamos ajudar muitos outros e ver a melhora de cada um desses era a melhor sensação do mundo. Posso dizer que nunca foi tão gratificante pra mim estar médica, poder ser realmente útil e fazer a diferença na vida daquelas pessoas, nem que seja um pouquinho”, declarou.

Fraternidade Sem Fronteiras

A Organização Não Governamental tem o intuito de praticar a fraternidade, sem restrições étnicas, geográficas ou religiosas, amparando prioritariamente crianças e jovens em situação de risco social. O grupo atua em seis países, incluindo o Brasil, com diversos projetos que só são possíveis de serem desenvolvidos por meio do sistema de apadrinhamento.

“Cada um de nós pode se tornar padrinho. Com apenas R$ 50,00 mensais você pode ajudar a alimentar milhares de crianças todos os dias, colocá-las dentro de uma escola, fornecer tratamento adequado para crianças portadoras de microcefalia, epidermólise bolhosa ou viciados em droga, dar um lar a meninos em situação de rua… Enfim, fazer a diferença na vida daquelas pessoas”, destacou Lívia.

Além do apadrinhamento, também é possível ser voluntário, seja na divulgação, na participação de caravanasou em outras ações. Todas as informações estão disponíveis no site: www.fraternidadesemfronteiras.org.br

Nação UBUNTU

Um dos mais importantes valores UBUNTU é o respeito à dignidade de todo e qualquer ser humano. Tendo como base essa filosofia africana e ciente de que os refugiados de guerra sonham como uma nova oportunidade de poder prover suas famílias, a Fraternidade Sem Fronteiras tem como um dos seus objetivos, além de promover a educação, também a capacitação profissional.

Somente no Malawi, já foram implementadas oficinas de biocarvão, que hoje empregam 10 pessoas, e de corte e costura, com 32 jovens.

Outras cinco novas oficinas, que irão amparar cerca de 200 novas famílias, devem ser iniciadas em breve, mas o orçamento total da matéria-prima e da mão de obra é de 11 mil dólares.

Para contribuir com este trabalho, basta depositar qualquer valor em uma das contas abaixo, informando que a quantia é destinada ao projeto Oficinas – Malawi.

Fraternidade sem fronteiras

CNPJ 11.335.070/0001-17

Banco do Brasil

Ag: 5783-5 | cc: 26224-2

Banco Bradesco

Ag: 3408-8 | cc: 22109-0

Banco Itaú

Ag: 0091 | cc: 53286-1

Dados para quem mora no exterior:

Iban

BR0800000000057830000262242C1

Swift

BRASBRRJBSA

Ou PayPal via site: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br

Envie seu comprovante para:

(67) 99216-5924

doacoes@fraternidadesemfronteiras.org.br