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Oposição: dois anos e meio sem propostas

A sociedade campista a cada dia obtém mais informações sobre o que pensam seus representantes

Artigo
Por Redação
30 de julho de 2019 - 16h15

(Foto: Reprodução)

Não restam dúvidas que não existe governo sem oposição. Além disso, se uma administração pública não tiver um grupo de pessoas que diverge do modo de administrar teríamos sérios riscos sociais. Enfim: toda unanimidade é burra.

Por outro lado, mesmo sabedor de que ser pedra é mais confortável que ser vidraça, a oposição de nosso município é vazia de conteúdo, ou seja, apenas bate, sem que haja uma ação propositiva para aquilo que se contesta.

A sociedade campista a cada dia obtém mais informações sobre o que pensam seus representantes estando eles do lado de cá ou do lado de lá, do processo político.

A administração do prefeito Rafael precisa de oposição, pois, isso, além de fazer parte do processo democrático de oxigenação do poder, molda as discussões que começam nas casas legislativas e ganham as redes sociais, e as ruas da cidade.

O fato negativo é que tanto os postulantes a prefeito e os vereadores de oposição ainda não conseguiram ter uma estrutura de propostas que vise melhorar o que já existe de satisfatório e mudar o que é considerado por eles, ruim.

A atual oposição, composta por ex-secretários, amigos da antiga corte e herdeiros de políticos em desgaste diário, abriu mão do plano para ficar estagnada em uma nota só, a de tentar sangrar o governo.

Ora! O atual prefeito está no cargo, mas todo posto eletivo é transitório, sendo assim, fazer oposição mirando na pessoa física do gestor sem nada para apresentar aos eleitores, como alternativa é apenas uma demonstração clara de que não há nos atuais nomes de oposição um sequer, que dê a sociedade uma alternativa.

A população, já escrevi isso em outro artigo, não quer propostas mirabolantes. A sociedade quer que o básico seja a cada dia restabelecido. As pessoas querem emprego, transporte, comida, escola e uma casa para morar.

O papel da oposição em Campos não deve ser somente o de um confortável jogador de pedras. A oposição precisa apresentar, além do problema, a alternativa de solução. Ninguém quer votar no gritão, naquele cheio de frases de efeito que às vezes engana.

As pessoas querem saber da oposição como ela vai resolver as inúmeras dificuldades de gestão que hoje assola a máquina pública, diga-se de passagem, não somente em Campos dos Goytacazes.

Aqueles que se mantiverem na oposição que se preparem, pois a gritaria até surte efeito, mas na hora de ir aos bairros e distritos vão ter que além de apresentar os problemas, dizer, de forma clara, qual a solução.

Essa história de bater pelo simples fato de bater não atrai mais. Os contribuintes querem que a oposição trabalhe de forma madura e não fique, o dia inteiro com discursos retóricos, pautado em problemas, mas sem acrescentar ao discurso, uma linha ou palavra sequer, que edifique a fala e faça o eleitor pensar e formar opinião.

Volto a dizer que a oposição é necessária ao processo político como a água é para nosso organismo. Porém, que oposição é essa que denuncia, grita, briga, aponta o dedo, mas é incapaz de dizer qual seria o caminho diferente a ser seguido?

Uma oposição bravateira não atrai nada de concreto. Investir no “quanto pior melhor” é a mais baixa e medíocre ação política que se pode ter. Oposição, onde estão seus projetos para uma Campos melhor?