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Oficina de cerâmica gera renda e ajuda na aprendizagem de deficientes visuais em Campos

Projeto “Caminhos de Barro” é desenvolvido no Educandário São José Operário

Campos
Por ASCOM
25 de julho de 2019 - 17h11

Aulas são ministradas no Educandário (Foto: Divulgação)

Mostrar que qualquer pessoa, independente das dificuldades que tenha, pode trabalhar com artesanato. Este é o principal objetivo da oficina de modelagem e argila “Caminhos de Barro”, conduzido no Educandário para Cegos São José Operário pela artesã Fernanda Viana e pelo professor de cerâmica artística Fabiano Andrade. O trabalho também busca promover habilidade cognitiva, capacidade reflexiva e geração de renda os assistidos da casa, uma vez que eles comercializam suas artes confeccionadas.

Para Sr. Carlos, um dos assistidos da instituição, que participa da oficina desde 2013, trabalhar com argila contribui muito para todos os que estudam Braille.

“Participar da oficina e, consequentemente trabalhar com argila, me fez avançar bastante. Hoje já consigo ler provérbios com facilidade. A argila da sensibilidade nas mãos, por meio dos movimentos, e isso nos ajuda na leitura em Braille. Para estudar Braille tem que ter a mão leve, ou a gente acaba amassando os pontos”, relatou.

Sr. Carlos é um entusiasta do artesanato

Os encontros acontecem toda quinta-feira, em uma das salas do Educandário. E são sempre marcados por muita descontração, troca de ideia, alegria e criatividade. São produzidas diversas peças como colares, vasos, alfabeto em Braille, fruteira, entre outros. As peças são vendidas e até mesmo usadas pelos assistidos do Educandário para presentear.

Os especialistas da instituição explicam que a arte é capaz de produzir sensações únicas, além de estimular o deficiente visual a identificar texturas, formas e a elaborar o conceito de figura em sua mente.