×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Palácio da Cultura: obra de 1973 considerada mais importante do Brasil, volta a inovar em 2019

Viny Soares divulga novidades sobre o funcionamento do espaço

Cultura
Por Viny Soares
24 de julho de 2019 - 14h21

Infelizmente é impossível falar de cultura em Campos sem olhar para o passado. Falamos felizes da década de 70 onde se iniciou a obra do Palácio da Cultura, tido como a mais importante e inovadora do Brasil de 1973, de 80 com a sua entrega, até chegarmos a 2014 com o seu fechamento. A cultura em Campos resistiu firmemente a um legado de fechamentos. Palácio da Cultura, Teatro de Bolso, Museu Olavo Cardoso. Duas casas de cultura, o Arquivo Público Municipal, o Teatro Trianon e o Museu Histórico de Campos resistiram à anemia provocada pela sucção do sangue da cultura campista e esses equipamentos foram entregues a atual gestão sem nenhum tipo de investimento real no período de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2016, totalizando 8 anos. Enquanto vice-presidente da Fundação Cultural no período de 01 de janeiro de 2017 a 20 de março de 2019, infelizmente pude ver de perto que tiveram a chance, tiveram dinheiro para fazer e não fizeram.

Em 2018, por meio de negociações, a atual gestão, do prefeito Rafael Diniz, definiu-se que a reforma do Palácio seria retomada e integralmente concluída como medida compensatória por empresa privada proprietária da área do prédio histórico Casarão Clube do Chacrinha, demolido indevidamente no início de 2013. Com todo o movimento que a cultura e a economia criativa vêm gerando não só no Brasil como no mundo, em Campos as coisas começam a caminhar na mesma direção. O conjunto de negócios baseados no capital intelectual e cultural e na criatividade que vem a gerar valor econômico, estimulando a geração de renda, criando empregos e produzindo receitas de exportação, enquanto promove a diversidade cultural e o desenvolvimento humano. Estudos apontam que a área criativa gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira em 2015, segundo “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, publicado pela Firjan em dezembro de 2016.

É exatamente assim que enxergo o futuro da nossa cultura. Tendo por perto o programa Viva a Ciência, que tem como objetivo agregar a cultura de Campos, que é a base principal para todo o interior do estado e responsável por formar opinião, artes e artistas para todo o mundo. Com isso a Nova Cultura leva de volta ao Palácio a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), com a Biblioteca Municipal Nilo Peçanha e a Biblioteca Infantil Lúcia Miners, espaço para exposição de artes plásticas, área de artesanato, auditório e anfiteatro e terá espaço de coworking aberto aos estudantes, artistas e empreendedores da cidade, café aberto ao público, sala multiuso para reuniões, salas de consultoria e de treinamento. Essa estrutura pretende trazer uma harmonização completa aos agentes da cultura, criando oportunidades para o fomento da economia criativa.

Hoje não mais como gestor da FCJOL, mas como cidadão que, além de apaixonado pela sua terra, teve sempre em suas prioridades a arte, os artistas e o público, sigo confiante que os pilares estão sendo reconstruídos e que em breve teremos de volta o NOSSO Palácio da Cultura ainda mais completo.

Viny Soares.