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Radares instalados em áreas de risco da Rodovia Amaral Peixoto serão desligados

Ao todo, serão retirados 16 equipamentos; medida visa cumprir a lei aprovada pela Alerj em 2017

Trânsito
Por ASCOM
18 de julho de 2019 - 8h47

(Foto: Divulgação/Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro)

O Departamento de Estradas e Rodagem do estado do Rio (DER-RJ) começará a desligar radares de velocidade instalados em áreas de risco de rodovias estaduais, em cumprimento à Lei Estadual 7.580/17, de autoria do deputado Dionísio Lins (PP). Ao todo, serão retirados 16 equipamentos na antiga rodovia Amaral Peixoto (RJ-104 e RJ-106), entre São Gonçalo e municípios da Região dos Lagos. O anúncio foi feito após cobrança de comissões da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj).

Presidente da Comissão de Turismo, o deputado Welberth Rezende (PPS) comemorou a decisão e lembrou que o cumprimento da Lei foi tema de uma audiência pública realizada no início de maio. “Fizemos a audiência sobre o número excessivo de radares nessa rodovia, com a presença do DER, e a partir dela começamos a cobrar o cumprimento da lei. Enviamos ofício à Polícia Militar solicitando as informações sobre áreas de risco, que embasaram essa decisão. Agradecemos à atual gestão do Detro pelo apoio e pela decisão”, destacou. Segundo Welberth, o grupo continuará discutindo os radares em rodovias de acesso a regiões turísticas do estado. “O radar tem caráter educativo, não pode estar escondido com o objetivo apenas de arrecadar”, completou.

Autor da lei e presidente da Comissão de Transportes da Alerj, o deputado Dionísio Lins afirmou que vai acompanhar o desligamento dos radares anunciados e cobrar a extensão da medida a outras rodovias. “Não queremos incentivar o desrespeito às leis de trânsito como o excesso de velocidade e o avanço de sinal, mas sim colaborar para reduzir o número de vítimas inocentes que acabam tendo que escolher entre ser roubado ou avançar o pardal e ser multado”, disse o deputado.

Vice-presidente da Comissão de Turismo e moradora da cidade de Maricá, que tem seu principal acesso pela rodovia Amaral Peixoto, a deputada Zeidan Lula (PT) tamém comemorou a decisão e afirmou que vai continuar cobrando. “É um primeiro passo, mas apresentamos também outras sugestões, como no caminho para Maricá elevar a velocidade acima de 60 km e retirar todos os radares de 50 km que foram instalados esse ano. Queremos acabar com a insegurança para a população e prejuízo para o turismo, atividade que gera tantos empregos na nossa região”, destacou Zeidan.

Áreas de risco — Os 16 radares que serão desligados nas duas rodovias foram definidos com base em informações passadas pelo Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar a pedido da Alerj. Presidente do DER, Uruan Cintra de Andrade afirmou que os radares não serão apenas desligados, mas retirados das rodovias, e que outras estradas estaduais passarão por análise semelhante com base em dados sobre a violência.

A Lei — Em vigor desde maio de 2017, a Lei Estadual 7.580 proibiu a instalação de novos radares em áreas de risco mapeadas e conhecidas por terem grandes índices de assaltos ou confrontos armados. A mesma lei também determinou a realização de estudos para a retirada gradual de radares já instalados que se encontrem em áreas de risco.

Fonte: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro