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Motoristas de ambulância da Prime ameaçam paralisar trabalho por falta de pagamento

Eles dizem que empresa recebeu repasse da Prefeitura, mas responsável alegou que usou dinheiro para outro fim

Campos
Por Redação
16 de julho de 2019 - 14h47

Cerca de 270 motoristas de ambulância que prestam serviço para a Prefeitura de Campos ameaçam cruzar os braços nos próximos dias. O motivo é a falta de pagamentos por parte da empresa responsável pelo serviço, a Prime. Segundo os motoristas, os repasses da Prefeitura de Campos para a empresa estão em dia, mas eles foram comunicados que o responsável pela firma usou o dinheiro recebido para outros fins e não há previsão de pagamentos.

Além de dois meses de atraso nos salários – referente aos meses de abril e maio – os motoristas alegam que a empresa também está em débito com o pagamento de 13 vales-alimentação e quatro férias.

“Tem motorista que está passando necessidade, chegamos ao ponto de nos reunirmos para comprar sacolão para um amigo que não tem o que comer dentro de casa. Estamos passando muita humilhação. Até os pacientes estão com pena da gente. Tem paciente que está ajudando os motoristas. A própria empresa fala pra gente que a prefeitura repassou, mas o dono teve que pagar uma multa e usou o dinheiro”, garantiu um dos funcionários que está sem receber e preferiu não se identificar por medo de represálias.

Além da dificuldade em ficar sem salários, os motoristas ainda alegam que são coagidos a não falar sobre o problema.

“Se a gente for à prefeitura reclamar, a firma manda a gente ir embora. A gente tem medo. O gerente da empresa falou que se a gente denunciar e ele souber, tem risco de demissão. No ano passado nós ficamos um mês sem salário e neste ano estão querendo fazer de novo”, lamentou.

Atualmente, o município de Campos tem 268 motoristas de ambulâncias. A reportagem do Terceira Via tentou contato com a Prefeitura de Campos para saber se alguma medida pode ser tomada contra a empresa para garantir o pagamento dos motoristas. Em nota, a prefeitura informou que a secretaria de Saúde acompanha o caso e se mantém em diálogo com a empresa para resoluções pertinentes.

A reportagem também tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno.