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Suspeito da morte de professora, ex-marido se entrega em Itaperuna

Paulo Rangel, de 55 anos, chegou à 143ª DP na madrugada desta sexta, acompanhado de um advogado e confessou ter matado a ex-mulher

Polícia
Por Marcos Curvello
5 de julho de 2019 - 11h04

(Foto: Divulgação/Polícia Civil)

O homem procurado pela morte da professora Regiane da Silva Santos se entregou madrugada desta sexta-feira (5), na 143ª Delegacia Policial (DP), em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. Paulo Rangel, de 55 anos, é ex-marido da vítima, chegou à unidade acompanhado de um advogado e confessou ter matado a ex-mulher.

O suspeito teve prisão preventiva decretada na noite de quinta-feira. De acordo com o delegado titular da 143ª DP, Sérgio Santana, Paulo será encaminhado para o Presídio Diomedes Vinhosa Muniz, que fica no município.

A morte de Regiane, que tinha 35 anos e deixou três filhas, é investigada pela 146ª DP, de Guarus, subdistrito de Campos.

Paulo é suspeito de ter atirado contra Regiane (Foto: reprodução)

O crime — A professora foi assassinada dentro em Travessão, sétimo distrito de Campos, na noite desta quarta-feira (3). De acordo com testemunhas, Regiane corria com um grupo ao redor de uma academia de ginástica, onde praticava musculação, quando teria percebido a aproximação de Paulo.

Ela chegou a correr para dentro da academia na tentativa de fugir dele, mas o homem invadiu o estabelecimento, disparou diversas contra a vítima. Regiane foi atingida por três tiros no tórax, um nas costas e outro em uma das mãos. Paulo teria, então, fugiu em um Ford Fiesta de cor preta.

Mesmo ferida, a professora ainda conversou com frequentadores da academia que tentaram ajudá-la. “No momento, ninguém percebeu que ela tinha sido atingida por cinco disparos. Ela sempre foi calma e bem humorada e ela disse que só sentia uma queimação e tentou nos acalmar. Ela conversava com a gente normalmente enquanto esperava o socorro. Depois de um tempo, ela disse que começou a sentir queimação em outro lugar e que a dor aumentou e de repente ela caiu e apagou. Foi quando ela morreu. Antes disso, ela contou para a polícia que ele (Paulo) quem tinha atirado nela”, contou com exclusividade, ao Jornal Online Terceira Via, uma testemunha que não quis se identificar.

A professora chegou a ser socorrida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de dar entrada em uma unidade de saúde. O enterro do corpo da professora aconteceu nesta quinta-feira, sob forte comoção no Cemitério de Travessão. O velório foi na Primeira Igreja Batista de Travessão.

Medida protetiva — De acordo com conhecidos, Regiane já havia se separado de Paulo outras vezes e nesta última, estava afastada dele há cerca de dois meses. A professora estava amparada por medida protetiva determinada pela Justiça e que deveria impedir o suspeito de se aproximar dela. A proibição, porém, não foi suficiente para impedir o crime.