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Exclusivo: testemunha conta que mesmo baleada professora acalmou amigos antes de morrer

Polícia Civil afirmou que a própria Regiane confirmou que foi atingida por ex-marido; ele está foragido

Campos
Por Redação
4 de julho de 2019 - 19h00

Ex-companheiro de Regiane é suspeito de ter cometido o crime

Embora nenhuma testemunha tenha prestado depoimento de forma oficial na Delegacia de Guarus, uma pessoa que estava próxima da professora Regiane da Silva Santos, de 35 anos, conversou com exclusividade com a reportagem do Terceira Via e contou detalhes de como o caso ocorreu. Regiane foi assassinada na noite da última quarta-feira (3) em uma academia na frente de várias pessoas que praticavam atividade física com ela. Além da testemunha, a Polícia Civil confirmou que a própria vítima ainda estava viva quando policiais chegaram ao local e teria contado que os disparos foram feitos pelo ex-marido dela, Paulo Rangel, que estava impedido de se aproximar da vítima por causa de uma medida protetiva.

A pedidos, a testemunha não terá o nome revelado. Segundo a testemunha, os alunos estavam correndo no entorno da academia que fica em uma das principais avenidas de Travessão quando o homem apareceu.

“Ele a chamou e disse que queria conversar, mas ela falou que não tinha nada pra falar com ele e se afastou. No momento em que ela estava de costas, ele deu o primeiro tiro que a atingiu. Mesmo assim, ela correu para dentro da academia e tentou se esconder atrás do balcão. Várias pessoas correram também assustadas”.

Ainda segundo a testemunha, foi então que o suspeito invadiu a academia, subiu no balcão e continuou a atirar contra a vítima. “Ele atirou muitas vezes e acho que só parou porque as balas devem ter acabado. Depois disso, ele fugiu em um carro preto”, contou. (Veja vídeo no final do texto)

Após o suspeito fugir, várias pessoas tentaram ajudar a professora. Apesar dos tiros, ela ainda conversou com quem estava ao redor. “No momento, ninguém percebeu que ela tinha sido atingida por cinco disparos. Ela sempre foi calma e bem humorada e ela disse que só sentia uma queimação e tentou nos acalmar. Ela conversava com a gente normalmente enquanto esperava o socorro. Depois de um tempo, ela disse que começou a sentir queimação em outro lugar e que a dor aumentou e de repente ela caiu e apagou. Foi quando ela morreu. Antes disso, ela contou para a polícia que ele (Paulo) quem tinha atirado nela”, lamentou.

Ainda de acordo com a testemunha, Regiane era casada há anos com Paulo Rangel e tinha três filhas pequenas com ele. A Polícia Civil já decretou a prisão temporária do suspeito e faz buscas na tentativa de localizá-lo. Ele é considerado foragido e vai responder pelo crime de feminicídio. Quem tiver alguma informação sobre o suspeito pode entrar em contato pelo telefone (22) 99701-3300.

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