Profissionais de medicina e enfermagem oncológica do Dr.Beda (Foto:Silvana Rust)
O grupo IMNE mais uma vez sai na frente e lança o Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação, que tem como objetivo atender os pacientes no alívio de seu sofrimento a partir de uma abordagem interdisciplinar. A iniciativa tem como responsável a oncologista clínica e especialista em cuidados paliativos formada pelo Hospital Albert Eistein, Dra. Elizabeth Uhl, além da psicóloga Maria Clara Crespo, da enfermeira Fernanda Noé, com apoio da chefe de enfermagem da oncologia, Virgínia Correia.
Segundo a médica, os pacientes com doenças que ameaçam a vida, entre elas, o câncer, os problemas renais, as cardiopatias, as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, precisam de um cuidado especializado. Por isso, a iniciativa do Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação surge para acolher estas pessoas juntamente com os seus familiares.
“Essa atenção não deve ser oferecida somente pelo médico, mas sim por uma equipe multiprofissional, que vai atender esse indivíduo no alívio da sua dor, do sofrimento, no controle dos sintomas, mas não apenas a dor física. Nós precisamos entender paciente e também a sua família no contexto físico, social, psicológico e espiritual. Ele não pode ser visto apenas de forma isolada. Deve-se pensar no binômio: paciente e família/cuidador, inserindo-os nessa assistência. Nós estamos atuando nas unidades do Hospital Dr. Beda, já respondendo pareceres, fazendo conferências familiares, ajuste de controle de sintomas, atendendo pacientes, interagindo com todas as equipes, com todos os profissionais, de todas as especialidades. Estamos fazendo um trabalho na Unidade Terapia Intensiva (UTI) e nos quartos, seguindo também para a emergência do hospital. A direção disponibilizou um espaço e em breve teremos uma sala específica, na unidade 1. Temos reuniões quinzenais, discussão de casos, artigos científicos, pensando em proporcionar aquilo que há de melhor nessa questão do cuidado”, explica.
Primeiro encontro
Depois de algumas reuniões, o Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação promoveu na última semana um encontro com toda a equipe multiprofissional para discutir a questão do cuidado do paciente em todas as áreas: médica, fisioterapia, psicologia, nutrição, assistência social, entre outros. A maior preocupação é pensar no que os profissionais podem fazer a mais para melhorar o cuidado com o paciente.
“Nós vamos dar sequencia a esses encontros, talvez de forma mensal em que todos os profissionais possam interagir para existir a comunicação entre as equipes. O Hospital Dr. Beda de uma forma muito resolutiva e séria está implantando o Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação”, ressalta.
A psicóloga Maria Clara Crespo frisa que o cuidado integral deve pensar no sujeito enquanto paciente em sua totalidade, por isso é importante abranger todo o hospital, onde existem aqueles da precisam da prestação dessa atenção.
“Todo mundo deve estar falando a mesma língua, para conseguir escutar quem é aquele sujeito que está ali e fazer um trabalho efetivo. É a partir da escuta que a gente consegue compreender o contexto e a dinâmica daquele paciente, como é que ele funciona perante a vida e isso muito ajuda muito no tratamento. Não tem como mais estar em um hospital que não tenha o cuidado integral. É um passo muito importante”, comenta.
A enfermeira Fernanda Noé pontua o avanço que o grupo IMNE tem com o Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação para dar melhor qualidade de vida ao paciente e a família.
“Essa integração é extremamente necessária e os encontros com todos profissionais fazem com que a gente entenda o que é preciso agregar a nossa rotina para envolver esse paciente e a família dele de todas as formas. É fazer mais que o possível por ele. O papel do núcleo também é entender a função de cada integrante da equipe e trabalhar melhor”, diz.
A chefe de enfermagem da oncologia, Virgínia Correia, oferece suporte ao Núcleo de Cuidado Integral e Reabilitação e também cita que o cuidado e a atenção ao paciente vai além do tratamento, se estendendo até o luto da família, que esteja passando pela perda de um ente querido.
“É uma etapa muito importante dentro do grupo IMNE. Nós novamente saímos na frente em relação a esse pensamento do cuidado integral, pois existem doenças crônicas e que são limitantes, então é preciso de uma abordagem diferencial. Dentro da enfermagem, a gente direciona nesses casos cuidados tanto para o paciente quanto para a família, durante o tratamento e depois ainda fazemos o cuidado do luto, dando suporte para essa família mesmo que o paciente não esteja presente entre eles, com ações de conforto. É pensar que por mais que ele se queixe de dor, de que forma que a gente pode sem tratar ser só medicação e melhorar o quadro. Esse é o nosso foco. A união é fundamental para no cuidado integral”, completa.
