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Junho Vermelho: cada doação salva três vidas

Campanha nacional incentiva a sociedade a adotar o hábito de doar sangue

Saúde
Por Redação
10 de junho de 2019 - 16h53

Doação de sangue ainda aquém do necessário (Fotos: Carlos Grevi)

O baixo índice de doações de sangue é um forte motivo que tem gerado apelo recorrente nos hemocentros de todo o país. A falta do hábito de doar sangue está justamente relacionada ao aumento de pessoas na fila necessitando de sangue.Somente 1,8% da população brasileira doa sangue, segundo dados do Ministério da Saúde.

O ideal seria um índice de 2%. Porém, em muitos casos clínicos, o sangue não pode ser substituído por nenhuma medicação, pois desempenha um papel importante na defesa do organismo das ações de agentes nocivos. Ele é responsável pelo transporte de oxigênio e  nutrientes para as células, retira dos tecidos as sobras das atividades celulares e ajuda na condução dos hormônios.

A Organização Mundial de Saúde afirma que uma doação de sangue pode salvar três vidas. A campanha “Junho Vermelho” surge para incentivar e informar a sociedade a respeito desse ato que só gera amor. A escolha do mês também não foi por acaso, já que em 14 de junho celebra-se o Dia Mundial do Doador de Sangue desde 2004. Na data, comemora-se ainda o aniversário de Karl Landsteiner, um austríaco, considerado o “pai da hemoterapia”, que conquistou o prêmio Nobel em 1930 pela descoberta dos principais grupos sanguíneos (ABO).

O assistente administrativo, Matheus Bianchine, resolveu ajudar o próximo após um episódio triste. A vida de seu pai dependia de uma doação de sangue que não aconteceu. “Eu perdi meu pai por falta de um doador compatível e me coloco no lugar de outras pessoas que precisam. É importante salvar vidas e a doação ajuda bastante, porque o Hemocentro por diversas vezes
alerta a população sobre o baixo estoque de sangue na unidade”, afirma.O ato de doar sangue também contribui para evitar problemas de saúde pública.

Nesta época do ano, há uma redução de 30% nos estoques e um crescimento na demanda devido aos acidentes durante as férias de julho e as baixas temperaturas.

Campanhas para ajudar a salvar vidas (Foto: Carlos Grevi)

Programação
Em Campos, a partir do dia 10 de junho começa a coleta itinerante de sangue do Hemocentro Regional do Hospital Ferreira Machado com o ônibus daunidade. A iniciativa vai acontecer até o fim do mês, com adesão ao movimento “Eu Dou Sangue” que faz parte da campanha “Junho Vermelho”, realizada em todo o Brasil. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância do ato. O trabalho começa pela Praça do Santíssimo Salvador, no Centro, e se estende até o dia 29, na Igreja Adventista do Parque Califórnia, com um total de sete pontos e passagens por outros três municípios:
Itaocara, no Noroeste Fluminense, Quissamã e São João da Barra, no Porto do Açu. No dia 10, serão iniciadas as triagens e coletas às 8h, na Praça São
Salvador, onde permanece até às 15h.

Alerta
O Hemocentro Regional de Campos funciona anexoao Hospital Ferreira Machado e precisa de doações de todos os tipos sanguíneos. Para manter o estoque equilibrado, seriam necessárias setenta doações por dia, mas a quantidade é bem abaixo do ideal, em torno de vinte doadores em uma média
diária. “Muitas vidas estão dependendo das doações. Essa conscientização é fundamental para os bancos de sangue e hemocentros, a maioria enfrenta baixa adesão. No dia 10, começamos as triagens e coletas às 8h e permaneceremos até às 15h. Precisamos de doações de todos os tipos sanguíneos e esta é mais uma oportunidade de as pessoas demonstrarem solidariedade e praticarem esse ato de amor ao próximo”, explica o gerente administrativo do hemocentro, Luciano Costa.