Há pelo menos quatro anos, quem mora no bairro Parque Saraiva precisa lidar com uma série de transtornos, causados por obras que não foram concluídas pela Prefeitura de Campos. O problema começou no fim da gestão do governo de Rosinha Garotinho. Na época, o local que fica no distrito de Goytacazes, receberia melhorias de infraestrutura e asfaltamento, mas as obras foram interrompidas por questões orçamentárias. O atual governo ainda não informou quando o projeto será finalizado. Moradores se reuniram para reclamar.
Há 29 anos, a auxiliar enfermagem Ana Lídia Gomes reside no Parque Saraiva. Ela conta que os problemas começaram quando o calçamento de várias ruas foi retirado para ser substituído por asfalto. Sem dinheiro para concluir a obra, a Prefeitura de Campos deixou para trás uma série de prejuízos que afetam diretamente a vida dos moradores do bairro. “Antes, tínhamos ônibus de 15 em 15 minutos. Atualmente, só temos algumas vans que têm muita dificuldade de passar. O tráfego é inviável em diversas ruas”, explica.
As ruas Silvino Canela, Catita, São Gonçalo e Guarani são algumas das mais prejudicadas sem calçamento e sem o asfalto prometido. “Eu vivo na Rua Tupi que ainda tem calçamento. Impedimos que fosse retirado naquela obra iniciada, mas há buracos. Não queremos nada de mais. Apenas que a Prefeitura resolva a nossa situação. Chuva e poeira nos afetam nas ruas, já que não temos mais infraestrutura”, disse. Várias pessoas se encontraram para protestar e divulgar fotos e vídeos pelas mídias sociais. “Protestamos nas ruas e também pela Internet. Queremos ser atendidos pelo governo”, comentaram.
Vídeo realizado por moradores
Nota da Prefeitura
A Prefeitura de Campos foi procurada pela reportagem. Em nota, a secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que nesta semana encaminhará para o Parque Saraiva as máquinas para a manutenção das ruas. “O Parque Saraiva teve obras iniciadas na gestão passada e abandonadas no final de 2016 em pleno estágio intermediário, com 60% das ruas abertas e sem a construção de canal de drenagem. Quando a atual gestão assumiu, em 2017, encontrou a obra inacabada e uma dívida de R$ 10 milhões referente ao que havia sido feito”, citou.