Para se ter uma ideia, em todo o ano de 2018 (de janeiro a dezembro), 7.360 pessoas foram infectadas pelo vírus da chikungunya. Esse número representa quase o dobro das vítimas de 2019, sendo que o mês de maio ainda não terminou.
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Na última coletiva de imprensa ministrada pelos representantes da Saúde do município em abril deste ano, o médico especialista em endemias, Luiz José de Souza, afirmou que mesmo que o município não decrete a epidemia oficialmente, a situação este ano é, de fato, bem mais grave e preocupante.
“Este ano a chikungunya se espalhou não só para todos os bairros de Campos e pela região, como está espalhada por todo o estado do Rio de Janeiro e pelo Brasil. Estamos caminhando sim para uma epidemia e ter esse problema por dois anos consecutivos é mais do que grave, é uma tragédia”, alertou.
Segundo Luiz José, o vírus da chikungunya está presente e a única forma de ser imune a doença é já tendo sido vítima dela. “Numa população de 500 mil habitantes como é o caso de Campos, eu sinto dizer isso, mas muita gente ainda pode ser infectada e a única forma de combater isso é com prevenção. Campos não teve prevenção o suficiente e a doença estourou”, lamentou.
Ainda nesta ocasião, o secretário de Saúde, Abdu Neme, garantiu que vários órgãos estavam empenhados em ações de prevenção a doença como orientação, limpeza e aplicação de veneno contra o mosquito transmissor.
Em nota, a Prefeitura de Campos informou que “o estado de epidemia é decretado pela Secretaria Municipal de Saúde em comum acordo com o Governo Estado, quando apresenta 300 casos por cada 100 mil habitantes, seguindo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS)” e que “a epidemia só pode ser decretada quando o número de notificações ultrapassa o número de 1.500, por mês, o que não está acontecendo em Campos no momento“.