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Siprosep decide manter greve dos servidores e entidades deverão fazer protestos

Segundo presidente do sindicato, decisão foi tomada após Prefeitura recusar proposta de reajuste das entidades

Geral
Por Marcos Curvello
21 de maio de 2019 - 11h54

(Foto: Silvana Rust)

O Sindicato dos Professores e Servidores Públicos Municipais (Siprosep) deliberou pela manutenção da greve geral da categoria, em assembleia extraordinária acontecida na noite desta segunda-feira (20), na sede da entidade, no Centro de Campos. A decisão foi tomada após a Prefeitura recusar a última proposta de reajuste feita pelas entidades que representam o funcionalismo, diz o presidente do Siprosep, Sérgio Almeida.

Os servidores públicos do município encontram-se de braços cruzados desde o último 15, em função da falta de acordo com a Prefeitura sobre reposição de perdas salariais e garantia de direitos previstos no Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria.

Formada por membros do próprio Siprosep e de outras entidades de classe, como o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e a Associação dos Guardas Civis Municipais de Campos dos Goytacazes (AGCMCG), a comissão de greve se reúne na tarde desta terça-feira para discutir manifestações.

“Vamos nos encontrar às 13h30 para debater a organização de piquetes regulares, em diferentes datas e pontos do município. É possível que comecemos ainda hoje (terça), na Câmara”, diz Almeida. Segundo ele, as entidades vinham realizando protestos solitários contra a Prefeitura e discutem concentrar esforços em atos conjuntos de maior vulto.

Negativa — No último dia 16, a comissão de greve foi recebida na Câmara pelo presidente da Casa, Fred Machado (PPS) e pelos líderes da situação e da oposição, respectivamente os vereadores Genásio (PSC) e Álvaro Oliveira (PRTB).

Durante o encontro, representantes das categorias paralisadas apresentaram uma nova proposta de reajuste que incluiria correção de 5% já na folha de maio do funcionalismo e aumentos mensais de 1%, até chegar à correção total de 12% em dezembro.

De acordo com Almeida, Machado e Genásio se comprometeram em levar a sugestão até o prefeito Rafael Diniz (PPS), que teria recusado a proposta. “Nos foi falado que o Governo talvez não possa conceder nem os 4,18% oferecidos originalmente por eles”, diz o presidente do Siprosep.

O Jornal Online Terceira Via entrou em contato com a Prefeitura para saber a posição do prefeito sobre a proposta dos servidores e aguarda resposta.

Manifestação de servidores no último dia 6 (Foto: Arquivo)

Tentativas de acordo — As entidades representativas de classe rejeitaram a proposta original da Prefeitura, que ofereceu reajuste de 4,18%, e exigiram uma correção de 15%. Não houve entendimento e o governo descartou a possibilidade de conceder o aumento, alegando que feriria a Lei de Responsabilidade Fiscal, o que resultou em uma paralisação de 24 horas no último dia 6.

Durante a reunião feita na Câmara, foi feita uma primeira proposta de fracionamento do reajuste, que incluiria correção de 4,18% em abril, 2,72% em maio e 4,78% em julho, mas ela acabou substituída pela que teria sido recusada pelo prefeito.

Pauta dos servidores — A categoria pede reposição de perdas salariais acumuladas em três anos e garantia de direitos previsto no PCS, como a progressão salarial, que não acontece desde 2015. Retorno do plano de saúde e aumento do auxílio também estão na pauta de reivindicação dos servidores.

“Pedimos que a Prefeitura aumente em 100% o auxílio alimentação, passando de R$ 200 para R$ 400. Também queremos que o Governo coloque a progressão das chamadas letras em dia. Já temos uma defasagem de duas letras e cada uma delas representa um reajuste de 2,5% cada letra). Por fim, temos como urgente a volta do plano de saúde do servidor. Encontramos funcionários públicos adoentados, sem o devido atendimento por não terem plano. É algo que o Sindicato quer resolver o mais rápido possível”, finaliza.