Por ALOYSIO BALBI
O Educandário São José Operário, conhecido como Educandário dos Cegos, é um patrimônio de Campos e representa juntamente com outras instituições filantrópicas a sensibilidade do campista e sua solidariedade. Agora, o Educandário passa por mais uma crise financeira e a solução do problema está na comunidade que parece não querer enxergar esse drama ou faz vistas grossas.
O São José Operário não é apenas um espaço onde as pessoas cegas possam conviver. É uma instituição que, sob o sono de décadas, incluiu o deficiente visual na sociedade fazendo com que a grande maioria deles supere o problema da visão zero ou quase nenhuma.
Inspirado no Benjamin Constant, no bairro da Urca, no Rio de Janeiro, o São José Operário sempre primou por preparar seus assistidos para o mercado de trabalho e muitos hoje desempenham funções diversas.
Indiscutivelmente, fez a inserção destas pessoas na sociedade.
De nada adianta projetos públicos de acessibilidade se instituições como o Educandários dos Cegos se esvair. A reportagem especial de hoje trata deste assunto e aponta o grau de dificuldade que a instituição enfrenta. É preciso usar os demais sentidos, como o tato, para superar a perda da visão.
Mas, neste ponto em especial, o tato tem que ser da sociedade campista, que precisa enxergar com lupa este problema.