×
Copyright 2024 - Desenvolvido por Hesea Tecnologia e Sistemas

Editorial: O desemprego e a inadimplência

No Brasil são mais de 70 milhões de pessoas nesta situação

Opinião
Por Redação
12 de maio de 2019 - 0h01

O número de pessoas negativadas nas instituições que se dedicam ao controle de crédito como SPC e Serasa viralizou como se diz nas redes sociais. A reportagem Especial desta semana mostra que mais de 30 mil pessoas economicamente ativas estão inadimplentes, ou seja, com o nome sujo na praça e, desta forma, afastadas do crediário convencional.

No Brasil são mais de 70 milhões de pessoas na mesma situação. Isso tem inibido as vendas e o assunto chegou a ser tema da última campanha presidencial, colocado como forma de alcançar bons resultados econômicos, caso essas pessoas afastadas do crediário pudessem voltar ao consumo.

Existe um esforço das instituições de crédito e também das empresas para facilitar os inadimplentes renegociando suas dívidas e, desta forma, retornando ao consumo. Isso, mais do que nunca, voltou a ser necessário porque uma expressiva parte destes devedores deve porque ficou desempregada.

Por outro lado, existem os que devem porque compram o que não precisam, por impulso. Quem compra de forma constante o que não precisa logo estará vendendo o que precisa. Então é igualmente necessário que esses consumidores passem por um processo de reeducação financeira.

A educação financeira para muitos deveria ser matéria de grade escolar alcançando a pessoa antes dela vir a consumir. Este debate está apenas começando no Brasil. O que não pode acontecer é banalizar o fato de ser devedor, daí o uso da expressão “nome sujo” como forma de fazer com que a pessoa evite ao máximo entrar para essa lista.

Ao mesmo tempo torna-se premente a necessidade de reabrir os postos de trabalho fechados pela crise. As pessoas negativadas hoje, antes de voltar ao consumo, precisam voltar a ser economicamente ativas, caso contrário jamais saírão deste círculo vicioso.