Familiares dos presidiários encontravam-se, neste sábado (11), em frente à unidade prisional e solicitavam autorização para entrar, além de explicações mais detalhadas sobre o caso. Eles foram impedidos pelos agentes que os informaram sobre a suspensão das visitas por tempo indeterminado. Os servidores que atuam na unidade e que chegaram para trabalhar neste final de semana também teriam sido dispensados. Já aqueles que estavam no local no momento do diagnóstico dos pacientes devem passar por tratamento de quimioprofilaxia, bem como todos os presidiários alocados ali.
Segundo nota oficial emitida pela Seap, o caso está sendo acompanhado e as providências cabíveis já vem sendo tomadas por meio da coordenação de saúde do órgão que será responsável pela execução do tratamento de quimioprofilaxia.
Hoje, o presídio Carlos Tinoco da Fonseca possui uma população interna de aproximadamente 2 mil presidiários, sendo que, em tese, o local possui apenas 842 vagas. O Jornal Terceira Viajá denunciou a superlotação no local; confira a reportagem neste link.
Denúncias referentes à internação dos presidiários no Hospital Ferreira Machado (HFM) vêm sendo divulgadas nas redes sociais, mas, até o momento, não há confirmação se os presos estão ou não em área isolada da unidade hospitalar. A reportagem do Terceira Via já solicitou esclarecimentos por parte da Prefeitura de Campos que encaminhou a seguinte nota:
“O Hospital Ferreira Machado (HFM) informou que recebeu um primeiro paciente da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) com suspeita de meningite. Já foi feita a punção lombar e o hospital aguarda a Cultura do Líquor para resultado conclusivo sobre o caso. Contudo, devido aos sintomas apresentados pelo paciente, o mesmo já encontra-se na enfermaria de isolamento e recebendo todos os cuidados necessários ao caso. Para confirmação da cultura e resultado específico, foi necessário encaminhamento ao laboratório. A previsão é que na próxima semana o HFM receba o resultado. Toda a equipe de contato direto com o paciente com suspeita de meningite já está recebendo as orientações necessárias quanto à quimioprofilaxia.
O HFM recebeu um segundo paciente da SEAP, que passa por exames para verificação do caso, sendo necessário aguardar o resultado dos mesmos para conclusão de diagnóstico“.
A meningite bacteriana, também chamada de meningite meningocócica, é a inflamação das meninges causada por bactérias. Mais de 80% dos casos de meningite são provocados por infecção bacteriana. Os sintomas incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sintomas, como: mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status mental alterado (confusão). Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.