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Pesquisadores abordam direitos humanos e educação em livro inédito

Publicação reúne autores campistas e de outras cidades brasileiras, onde dialogam sobre dois grandes desafios para a sociedade

Cultura
Por Ocinei Trindade
10 de maio de 2019 - 18h38

Autores do livro se encontram no Rio de Janeiro para o lançamento (Fotos: Divulgação)

Aconteceu nesta sexta-feira (10), o lançamento do livro “Direitos Humanos e Educação – Dialogos Interdisciplinares” (Brasil Multicultural, 2019), organizado pelos pesquisadores Décio Guimarães e Caetano Costa. A publicação foi apresentada primeiramente no Rio de Janeiro durante uma conferência, e será lançada em Campos nos próximos dias. A obra reúne ensaios e artigos acadêmicos com diferentes profissionais das áreas do Direito, Sociologia, História, Letras, Psicologia, entre outras. Os autores dialogam sobre perspectivas e relevâncias acerca dos direitos civis e da educação brasileiros.

Para Décio Guimarães, autor de um dos textos, o livro  parte de uma troca de experiências acadêmicas de vários pesquisadores ao longo de três anos,  em eventos no Espírito Santo, Rio de Janeiro e Maranhão. “A bandeira dos direitos humanos tem sido levantada pela equipe. O livro é uma surpresa bem positiva porque nasceu de uma provocação da população, da sociedade. Fomos provocados para escrever e o livro está aí. São temas bastante atuais a educação e os direitos humanos. Principalmente, em um momento onde se comemoram os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Penso que agora é o momento de amadurecer, fortalecer e promover a diversidade”, diz.

Organização: Caetano Costa e Décio Guimarães

Todos os textos de “Direitos Humanos e Educação” são inéditos. As contribuições para esta publicação são assuntos que pesquisadores vêm desenvolvendo ao longo de suas carreiras acadêmicas e profissionais. O desembargador Caetano Costa destaca a humanização na formação dos magistrados. Já a doutora em sociologia Daniela Bogado traz a diversidade de gênero no contexto educacional. “Eu trago no meu capítulo, a mediação de conflitos no contexto escolar”, explica Décio Guimarães, que é mestre e doutor em Cognição e Linguagem.

Participam da obra, a psicóloga Gisele Pessin que discute a juventude; a doutora em ciências sociais e jurídicas, Shirlena Amaral que  fala das ações afirmativas na Educação; o educador Gustavo Forde aborda o racismo institucional; a historiadora Margareth Zaganelli reflete a dignidade sob a perspectiva de Hannah Arendt.  Já a doutora em Letras, Patricia Telles, reflete sobre a cognição e a linguagem. Por fim, Maria do Socorro Sousa, doutora em Direitos Humanos, fala sobre trabalho e cidadania. Em um livro bem diversificado, os temas foram pensados para dialogarem em uma mesma obra.

As mudanças e as transformações na sociedade e nos governos em curso devem ser analisadas, segundo Décio Guimarães. “Penso que a discussão dos direitos humanos sempre foi desafiadora. Nesses últimos 70 anos, a luta nunca foi fácil. Sempre achamos que a luta atual é a maior que as anteriores. É mais um momento. Em uma democracia, os direitos humanos são soberanos, acima de todos nós. As dificuldades existem, existiram e sempre vão existir. Nós, pesquisadores, ativistas e militantes lutamos até aqui, e vamos continuar lutando. Em termos de educação, penso que este é o momento para discutirmos mais do que nunca, para fortalecermos  a escola e a universidade; promover os sujeitos ocultados e marginalizados, deixando claro que é preciso lutar por uma educação plural, participativa , promotora da cidadania”, conclui.