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Firjan diz que estado terá R$ 162.3 bi; 10% do montante serão aplicados em Campos

Segundo estudo, 82% do potencial virão do setor de petróleo e gás natural

Campos
Por Coluna do Balbi
7 de maio de 2019 - 15h08

Fernando Aguiar, presidente da Firjan/Norte Noroeste (Foto: Silvana Rust)

Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro/ Norte Fluminense, Fernando Aguiar, disse que o estado do Rio de Janeiro vai receber R$ 162,3 bilhões em investimento nos próximos anos e que 10% deles serão investidos em Campos. Segundo acordo com estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), 82% do potencial virão do setor de petróleo e gás natural. O levantamento não traz o número de postos de trabalhos que serão abertos no período, mas sinaliza que fatores como a aprovação da reforma da Previdência e a melhoria da segurança pública podem potencializar esses investimentos.

Para o “Mapa dos investimentos no estado do Rio de Janeiro (2019)”, usamos apenas os investimentos confirmados, que tenham linha de financiamento ou licenciamento definidos. Alguns são de curto prazo, de dois a cinco anos, e outros mais longos, de até dez anos. O hub de gás do Porto do Açu, no Norte Fluminense, por exemplo, já é para 2021. Muitos desses investimentos já começaram— explica Fernando Aguiar, presidente da Firjan Norte Fluminense.

Na pesquisa, que não é realizada desde 2014, estão confirmados 111 grandes investimentos no território fluminense, dos quais 24 contam com a participação direta de empresas estrangeiras, representando 36% do potencial de investimento — ou R$ 59 bilhões. Entre as empresas envolvidas nos negócios previstos, estão  Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Petrobras, a americana Exxon, a japonesa Nissan e a francesa DCNS, que atua no Programa de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha do Brasil (Prosub).

Entre os setores analisados, o de petróleo e gás natural lidera a participação nos investimentos, com R$ 133, 2 milhões, seguido da indústria de transformação, com R$ 19,8 milhões. Também terão destaque  as áreas de desenvolvimento urbano,  que engloba obras públicas, e infraestrutura, no caso projetos para portos. Na capital, há R$ 2,1 bilhões em investimentos confirmados.

“Boa parte do nosso PIB está ligado ao petróleo, então a retomada da economia acaba relacionada a esse setor. Temos capacidade para agropecuária na Zona Rural, algo que é pouco olhado. Tem o setor de tecnologia, já que temos grandes pesquisadores no Rio. Mas a economia do petróleo é muito importante, sobretudo com a regulamentação do setor de gás, podemos ter novas oportunidades. Claro que as coisas podem andar juntas, não precisa parar um setor para começar a investir em outro”, avalia Aguiar.