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Editorial: Cidade assustada

Campos tem importado uma modalidade de crime que antes não era comum: os arrastões em bares abertos

Opinião
Por Redação
28 de abril de 2019 - 0h01

Campos é apontada como uma das cidades mais violentas do Brasil em um quadro de proporcionalidade. Pesa nesta estatística os casos de homicídios ocorridos principalmente nas áreas de risco, a chamada periferia, o que certamente é o principal problema. Mas observa-se que nos últimos dois anos Campos tem importado uma modalidade de crime que antes não era comum por aqui, e que está sendo recorrente: os arrastões em bares abertos onde o objetivo é roubar telefones celulares e outros pertences dos fregueses.

Existem casos de reincidência no mesmo estabelecimento tendo seus fregueses assaltados mais de uma vez. Câmeras de vigilância não inibem os bandidos geralmente jovens, que agem com a mesma dinâmica: arma de fogo em punho, capacete cobrindo o rosto e se locomovendo com motocicletas.

Não há registro, felizmente, de casos de violência física, mas o psicológico do assaltado com uma arma a centímetros do rosto em alguns casos é assustador. Geralmente agem em dupla e quase nunca são capturados pois planejam rotas de fuga em um veículo desenvolto como uma motocicleta.

Esses arrastões em bares já eram comuns em subúrbios do Rio de Janeiro e em outras cidades. Agora chega com força em Campos e semanalmente fazem dezenas de vítimas. São crimes de potencialidade forte, que não resultou em problemas maiores porque as vítimas seguem a correta orientação de não reagir.

As autoridades responsáveis pelo policiamento ostensivo devem tomar medidas, não só nesta área, mas também com inteligência, colocando policiais descaracterizados em pontos de riscos, locais onde supostamente essas duplas agem. A cidade está assustada.