Dezenas de campistas já foram vítimas de um novo golpe de informática. Criminosos de São Paulo estão hackeando o WhatsApp dessas pessoas e passam a comandar as mensagens enviadas e recebidas pelo aplicativo. Na manhã deste sábado (27), um sargento do Corpo de Bombeiros de Campos registrou ocorrência na 134ª Delegacia de Polícia de Campos e disse que um amigo dele perdeu R$ 1.500 devido ao golpe.
COMO O GOLPE FUNCIONASegundo inspetor da Polícia Civil de Campos, os campistas fizeram a denúncia pessoalmente e também pelo site da PC. Eles informaram que os criminosos conseguem acessar suas contas no WhatsApp e os proprietários reais ficam impedidos de assumir o comando novamente. Esses golpistas começam, então, a enviar mensagens para os amigos/contatos dos titulares das contas, se passando por eles, e dizendo que estão com dificuldades financeiras e precisam de ajuda em dinheiro. Eles enviam o número de uma conta da Caixa Econômica Federal e pedem para que esses amigos das vítimas depositem qualquer quantia para ajudá-las.
O sargento dos Bombeiros que denunciou o caso na manhã deste sábado (27) contou que um amigo dele depositou R$ 1.500 na tal conta a pedido dos criminosos (que se passavam pelo sargento).
A vítima da clonagem da conta só descobriu o que aconteceu quando esse amigo enviou uma mensagem por outro aplicativo informando que já havia depositado a quantia para ajudá-lo. Ele estranhou e se deu conta de que os dois haviam sido vítimas de um golpe de informática.
Caixa Econômica Federal no Centro de Campos (Foto: Silvana Rust)
O inspetor da Polícia Civil contou à equipe de reportagem do Jornal Terceira Via que, após investigações, foi possível identificar que a conta dos criminosos na qual as quantias eram depositadas estava em nome de “Vinícius” que, provavelmente, também é uma vítima. Isso porque, geralmente, essas contas dos golpistas são abertas utilizando documentos falsos na Caixa Econômica Federal, que apresenta facilidades para abertura.
Ainda de acordo com as investigações, a conta foi aberta em uma agência bancária do bairro Bom Retiro, no Jardim Tietê, em São Paulo.
Ainda não se sabe como os criminosos hackeiam as contas, mas supõe-se que seja por meio de autorização de outros aplicativos ou acesso a sites inseguros. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil. O inspetor que conversou com o Terceira Via pediu para que os campistas fiquem atentos, tanto ao acesso a sites e permissões de aplicativos, quanto ao receberem mensagens suspeitas envolvendo solicitações de quantias em dinheiro.
