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Moradores de Suzano lembram um mês do massacre em escola

Até o momento, três homens foram preso e um adolescente apreendido

País
Por Redação
13 de abril de 2019 - 12h57

Um trauma que marcou a cidade paulista e o resto do Brasil este ano (Foto: Reuters)

Para marcar um mês do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, a prefeitura de Suzano promove neste sábado (13) uma solenidade no Parque Municipal Max Feffer. A programação ocorrerá até as 17h, com eventos culturais e recreativos.

Para o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, a celebração tem o objetivo de enaltecer a paz e a união das famílias. “Queremos levar mensagem de paz a todo o mundo e homenagear as vítimas e seus familiares. Vale destacar que não será uma festa, mas, sim, uma cerimônia de homenagem a todos que foram atingidos direta ou indiretamente com a fatalidade na escola. Convidamos a todos para participarem desta solenidade”, disse o prefeito. A estimativa é que 15 mil pessoas participem dos eventos. Parque Max Feffer, em Suzano, receberá evento em homenagem às vítimas da Raul Brasil.

Massacre em Suzano

Passados 30 dias do ataque, três homens foram presos pela polícia de São Paulo, suspeitos de ter negociado armas e munições com os atiradores. Um adolescente foi apreendido, no mês passado, suspeito de ter participado do planejamento do atentado. A Polícia Civil e o Ministério Público do estado continuam as investigações sobre a participação de um outro menor de idade e buscam ainda pessoas que fizeram apologia ao crime nas redes sociais.

O ataque à escola, ocorrido na manhã do dia 13 de março deste ano, foi feito por dois ex-alunos da escola – Guilherme Taucci, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos – encapuzados e armados. Antes de invadir a escola, eles mataram um comerciante, que era tio do adolescente. Na escola, cinco alunos e duas professoras morreram, além dos dois atiradores. O ataque deixou 11 feridos.

Os aparelhos celulares dos envolvidos no ataque foram rastreados e analisados, o que ajudou a polícia a chegar aos suspeitos. Um deles, um mecânico de 47 anos, que foi detido no último dia 10, em Suzano, com um revólver e munição, pode ter negociado armas e munições com os atiradores.

Os outros dois, um vigilante particular e um comerciante, também são suspeitos de ter vendido armas e munição. Eles foram presos, na última quinta-feira (11), em flagrante. A conclusão do Ministério Público é que os atiradores adquiriram as armas por meio das redes sociais.

Segundo o MP, o adolescente apreendido pode ter sido o mentor intelectual do crime. O advogado do jovem, porém, nega que ele tenha ligação com o crime.

Uma equipe multidisciplinar do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc), que é vinculado à Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, foi a Suzano na quinta-feira (11) para fazer uma avaliação física e psicológica de 11 alunos feridos durante o ataque à Escola Raul Brasil. Os peritos produzirão laudos sobre a avaliação integral do dano pessoal sofrido pelas vítimas.

Fonte: Agência Brasil