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Julian Assange é preso pela polícia na Embaixada Equatoriana, em Londres

Presidente equatoriano anunciou nesta manhã que suspendeu o asilo que concedia ao fundador do WikiLeaks

Mundo
Por Redação
11 de abril de 2019 - 7h35

Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, em imagem de arquivo. (Foto: Peter Nicholls/Reuters)

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi preso nesta quinta-feira (11) pela polícia na embaixada do Equador, em Londres, onde estava refugiado desde 2012.

A prisão aconteceu depois que o presidente equatoriano, Lenin Moreno, suspendeu o asilo que concedia Assange, porque o fundador do WikiLeaks, segundo ele, violou repetidas vezes os termos acordados para permanência na embaixada. Para o WikiLeaks, a decisão do governo do Equador foi “ilegal”.

Assange, de 47 anos, foi levado para uma delegacia do centro de Londres, onde permanecerá até uma audiência com um juiz o mais rápido possível.

Os policiais do Serviço de Polícia Metropolitana informaram que entraram na embaixada após um pedido do embaixador equatoriano, de acordo com a agência Reuters.

Assange se refugiou na embaixada do Equador em 2012 para evitar ser extraditado para a Suécia, onde as autoridades queriam interrogá-lo como parte de uma investigação de agressão sexual.

A investigação foi descartada, mas ele teme ser extraditado para enfrentar acusações nos Estados Unidos, onde promotores federais investigam o WikiLeaks.

Moreno afirmou, segundo a Reuters, que o Equador recebeu uma garantia britânica de que Assange não seria extraditado para um país onde ele poderia enfrentar a pena de morte.

Vazamentos — O WikiLeaks enfureceu o governo americano ao publicar centenas de milhares de telegramas diplomáticos secretos do país — que revelavam, muitas vezes, críticas sobre líderes mundiais, como o presidente russo, Vladimir Putin, e membros da família real saudita.

Assange ficou conhecido internacionalmente no início de 2010, quando o WikiLeaks publicou um vídeo militar dos EUA mostrando um ataque de helicópteros Apache em 2007, que matou 12 pessoas em Bagdá, incluindo duas equipes de notícias da Reuters.

Mais tarde naquele mesmo ano, o grupo divulgou mais de 90 mil documentos secretos detalhando a campanha militar liderada pelos EUA no Afeganistão, seguida por quase 400 mil relatórios militares internos do país que detalhavam as operações no Iraque.

Além desses, foram divulgados mais de 250 mil telegramas secretos de embaixadas dos EUA e, ainda, quase 3 milhões, datados desde 1973.

Fonte: G1