A médica, Dra. Yonnara, se preocupa com a demora da detecção do diagnóstico e preza pela atenção ao paciente, pois assim o tratamento será mais eficiente
Sete de abril é marcado pelo Dia Mundial da Saúde. O principal objetivo desta data é conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação da saúde para ter uma melhor qualidade de vida. Em 2019, a campanha que marca este dia tem como tema “Saúde universal: para todas e todos, em todos os lugares”. Oficialmente, a data é lembrada desde 1950 e foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir da preocupação em manter o bom estado de saúde das pessoas em todo o mundo, e também alertar sobre os principais problemas que podem atingir a população. O conceito de saúde universal abrange toda a parte de serviços oferecidos as pessoas, incluindo promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, que devem ser de qualidade, integrais, seguros, eficazes e acessíveis a todos. Em Campos, o grupo IMNE – que dispõe do Hospital Dr. Beda (unidade 1 e 2) e do Oncobeda – oferece atendimento à população do interior do Estado do Rio de Janeiro, seja através de convênios, de maneira particular e também pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Garantir saúde a todos também envolve a parte de informação. As pessoas devem saber o que fazer em determinadas situações que atingem o bem estar do corpo e da mente, priorizando a qualidade de vida. A hematologista, com especialização feita no Instituto Nacional do Câncer (Inca), Dra. Yonnara Escáfura Cherene Dias Maciel, se preocupa com a demora da detecção do diagnóstico.
“Às vezes o paciente tem alguma doença que não tem um quadro muito agressivo – alguns tipos de câncer, por exemplo – e demora a procurar um profissional. Como estamos falando sobre a saúde como um todo, eu acho que o mais importante é que as pessoas tenham uma consciência de ter uma rotina de acompanhamento com um médico, ter ciência que temos serviços disponíveis, tanto para aqueles que têm a condição de ter um plano de saúde, mas também na parte da saúde pública e com profissionais qualificados que podem fazer o acompanhamento”, ressalta.
A médica destaca dois pontos principais no atendimento ao paciente: atenção e tratamento adequado. “O médico, uma vez que se propõe a ser médico, ele quer sempre se especializar e poder ter um suporte, uma estrutura consolidada, para poder oferecer o melhor atendimento para o paciente. Estamos sempre em atualização, procurando coisas novas, vendo os estudos feitos, porque a medicina é uma coisa que vai mudando dia após dia. Nós temos as tecnologias, os exames laboratoriais, os exames de imagem, logo é preciso estar atualizado junto a esses processos e evoluções. Esperamos ser capazes de oferecer, na verdade, antes de um tratamento, atenção ao paciente que chega muitas vezes assustado com o diagnóstico e quer saber o que está acontecendo. Nós, no grupo IMNE, contamos com uma equipe multidisciplinar, onde esse paciente possa ser assistido por várias especialidades, para ser visto como um todo e junto a isso conseguimos propor o melhor tratamento, garantindo que essa pessoa tenha uma qualidade de vida. Não ter qualidade significa não poder aproveitar as oportunidades ou ficar perto da família. Fazendo tudo isso, conseguimos ter sucesso no tratamento do paciente sim”, explica Dra. Yonnara.
Hematologia
Frisando a importância de deixar o paciente bem informado, a médica conta que algumas pessoas tem a ideia de que hematologista só trata câncer, mas isso não é verdade. Esse especialista cuida das doenças do sangue, das células vermelhas, células da imunidade e as das plaquetas. Também trata da medula óssea e de outros órgãos do sistema linfático. “Nós tratamos tanto as doenças malignas mais conhecidas, como leucemia, linfoma, mieloma e as benignas, como as anemias. Eu atuo no Oncobeda, na parte privada, na Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), que atende o SUS, e também nas unidades do Hospital Dr. Beda. Como é uma especialidade mais referente a alterações laboratoriais, eu recebo muitos pacientes referenciados de outras especialidades”, pontua.
