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Deficiência e imprudência em trânsito

Uma reflexão sobre os transtornos ao se deslocar pelas ruas de Campos

Opinião
Por Coluna do Balbi
31 de março de 2019 - 10h03

Com uma frota de mais de 300 mil veículos motorizados, Campos é a cidade do interior do Rio com o trânsito mais confuso. Para isso, soma-se as deficiências na sinalização e a imprudência dos chamados condutores, desde os motoristas de caminhões até os aparentemente inofensivos ciclistas. Em qualquer cidade do mundo, bicicleta é uma das soluções para os problemas do trânsito, mas aqui torna-se um outro problema, apesar dos investimentos em ciclovias e ciclofaixas.

No que diz respeito a deficiência na sinalização, a prefeitura promete avançar rumo ao melhor sentido da mobilidade urbana, com a instalação de um novo sistema, que tecnicamente seria sincronizado e mais moderno. Porém, existem outros problemas como a escassez crescente de vagas para veículos. A defesa do poder público é justificada: em qualquer cidade grande trânsito é sinônimo de caos.

Partimos em direção a imprudência: no curso do ano passado foram aplicadas em Campos 42 mil multas, para motoristas e motociclistas. Esse número subiria e muito se ciclistas fossem multados. Os pedestres- parte mais fraca desta cadeia – também cometem os seus pecados, mas são secundários diante do fato de que eles – os pedestres – são os mais importantes por ordem de prioridade no trânsito.

A bandalha impera em um trânsito nada civilizado. A falta de um transporte público que funcione também agrava a situação, embora a prefeitura prometa para já um novo sistema. A reportagem especial desta edição tenta fazer um diagnóstico do trânsito de Campos e a tomografia revela um quadro caótico.