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Para ajudar vítimas do ciclone em Moçambique, blogueira Cris Sales faz campanha e rifa bolsa Louis Vuitton original

Cris e outros nove campistas visitaram Beira em 2018, a cidade mais atingida pela tragédia, em viagem missionária

Geral
Por Redação
29 de março de 2019 - 10h25

Após passagem de ciclone por Moçambique, a blogueira Cris Sales, que visitou o país africano entre julho e agosto de 2018 em viagem missionária, iniciou uma campanha em suas redes sociais a fim de arrecadar recursos para ajudar àqueles que, desde o desastre natural que aconteceu há 15 dias, vivem em situação ainda mais degradante do que antes. Cris pede aos seus seguidores que orem pelas famílias e que, se puderem, contribuam com qualquer quantia em dinheiro. Nessa empreitada, a blogueira ganhou uma mochila Louis Vuitton original que está sendo rifada. Todo o valor arrecadado será transferido para os moçambicanos.

Uma rifa tem o valor de R$ 30, duas de R$ 50. A ideia é que, quando 100 rifas tiverem sido vendidas, será feito o sorteio. Os depósitos para a rifa devem ser feito na seguinte conta poupança:

Bradesco
Poupança
Agência: 6642
Conta: 1000580-9
CPF: 10035489707
Marlon Bruno Rodrigues Sales

Cris em Moçambique, em 2018 (Foto: Arquivo Pessoal)

Já aqueles que desejam doar uma quantia para a campanha devem fazer essa doação para a seguinte conta corrente:

Itaú
Agência: 6174
C/C: 56361-6
CPF: 257296087-72
Manoel de Araujo Pinto

A conta em que as quantias da doação estão sendo concentradas está em nome de Manoel que é o pastor responsável pelo grupo Volantes de Cristo, que realiza viagens missionárias a diversos países em situação de extrema pobreza. Em 2018, ele levou um grupo de dez campista a Moçambique que ficaram hospedados na cidade de Beira, a quarta mais populosa e uma das mais atingidas pelo ciclone.

Cris contou em seus Insta Stories que teve a oportunidade de conversar com Lucas, um dos missionários que conheceu em Moçambique. Ele contou que, se a pobreza no país já era extrema, agora está ainda mais. “Lucas me emocionou muito ao contar que a cidade estava destruída, sua faculdade, sua casa, seu trabalho e que ele estava há dois dias sem comer, mas que não sentia fome, tamanho o desespero. Mas que diante disso tudo, a única coisa que pedia a Deus era que sua fé não fosse abalada”, contou Cris.

Ventos de 100 quilômetros por hora, chuvas intensas e trovões atingiram Moçambique, Malawi e Zimbábue, no Continente Africano. Em Moçambique, aldeias inteiras desapareceram. Pelo menos 2,6 milhões de pessoas foram afetadas pela passagem do ciclone, que causou graves inundações e deslizamentos de terra e destruiu milhares de hectares de plantações. Há registros de enchentes em várias comunidades. Só em Moçambique, mais de 460 pessoas morreram e centenas estão desaparecidas.

A cidade de Beira, visitada pelo grupo de campistas e que tem uma população de mais de meio milhão de pessoas, registrou 90% de destruição, de acordo com a Cruz Vermelha. E agora, autoridades de Moçambique confirmaram os cinco primeiros casos de cólera desde a passagem do ciclone por esta cidade e os médicos temem uma epidemia no sudeste africano, isso porque centenas de pessoas estão nos hospitais com diarreia, um dos sintomas da doença.

O cólera é transmitida pela comida e pela água contaminadas e pode matar dentro de horas se não houver tratamento adequado. Os surtos são comuns em lugares com o saneamento básico em colapso. Quase 130 mil desabrigados estão vivendo em locais improvisados.

Antes mesmo do ciclone, Moçambique já estava entre os dez países com o maior índice de pobreza extrema de todo o mundo. Lá, uma em cada duas crianças sofre de desnutrição crônica. Aproximadamente 50% da população vivem a mais de 20 km de uma unidade de saúde e não têm acesso a saneamento básico e/ou água potável. Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), há ainda 1,8 milhões de órfãos em Moçambique e 20% da população, entre adultos, adolescentes e crianças, são portadoras do vírus da AIDS.