A equipe de reportagem do Jornal Terceira Via entrou em contato com o advogado de Jhon Peter, Reynaldo Soares, e questionou sobre as linhas de defesa que devem ser usadas por ele na audiência, contudo, o advogado disse que “por questões éticas”, não poderia divulgar. A equipe também o questionou sobre a possibilidade de Jhon ser submetido a juri popular, mas Reynaldo disse que essa informação só poderá ser confirmada após a decisão do juiz.
Além de homicídio simples (Art. 121, caput – CP) combinado com conduzir veículo automotor sob a Influência de álcool ou outra substância psicoativa (Art.306 – Ctb), Jhon responde por lesão corporal grave (Art. 129, § 1º – Cp), já que o filho de Marcelle também estava no veículo e ficou ferido. Na época do acidente o menino tinha 9 anos. Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Rio De Janeiro (MP-RJ), o réu conduzir o veículo sob a influência de álcool ou outra substância psicoativa.
Durante a audiência, presidida pelo juiz titular da 1ª Vara Criminal de Campos, Bruno Rodrigues Pinto, o Ministério Público ressaltou a importância de ouvir as testemunhas que faltaram e requereu cópias do Boletim de Atendimento Médico (BAM) e do histórico médico do acusado, que deu entrada no Hospital Ferreira Machado (HFM) em 9 de junho de 2017 e teve alta médica no mesmo dia. A representante do MP justificou que os documento solicitados têm o objetivo de verificar a quais procedimentos médicos o réu foi submetido, em especial se recebeu medicação intravenosa como soro, glicose e etc.
Marcelle dirigia o Renault Sandero pelo cruzamento da Avenida Arthur Bernardes com a rua Marcílio Martins, no bairro Alphaville, quando foi atingida pela caminhonete Hillux guiada por Jhon Peter, que na época tinha 30 anos. No Sandero também estava o filho da publicitária, Davi Ferreira de Oliveira, então com 9 anos.
Com o impacto da colisão, o carro de Marcelle chegou a capotar e foi parar em uma calçada a alguns metros do local da batida. A publicitária e o filho foram socorridos para o HFM, mas Marcelle morreu horas após dar entrada na unidade médica.
Segundo registro de ocorrência da Polícia Civil, Jhon passou por exame de alcoolemia, que constatou álcool no sangue. A Justiça estipulou fiança de R$ 300 mil ao acusado, que cumpre medidas cautelares como ter que se apresentar mensalmente à Justiça para prestar contas da sua rotina. Ele também está proibido de sair da cidade por mais de 15 dias sem prévia autorização judicial e impossibilitado de frequentar bares e boates sem permissão do juiz. Ele ainda teve a Carteira Nacional de Habilitação recolhida e não pode dirigir.