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Justiça nega liberdade a dois acusados do sequestro de Cristiano Tinoco

Suspeitos do crime estão presos desde o dia 24 de janeiro de 2019

Campos
Por Redação
21 de março de 2019 - 17h25

Amigo da família e morador do mesmo condomínio, José Maurício Ferreira dos Santos Júnior é suspeito de planejar o sequestro. (Foto: Reprodução/redes sociais)

A desembargadora Maria Angélica Guerra Guedes da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, negou, nesta quinta-feira (21), pedido de liberdade por habeas corpus do empresário José Maurício Santos Ferreira Júnior, acusado pelo Ministério Público de ser o mentor do sequestro do também empresário Cristiano Tinoco. Na quarta-feira (20), a justiça também negou liberdade a outro suspeito, Marven Chagas Batista. Desta vez, a decisão foi do juiz da 1ª Vara Criminal de Campos, Bruno Rodrigues Pinto.

O crime aconteceu em Campos, no dia 3 de dezembro de 2018. José Maurício e outros três suspeitos do crime foram presos no dia 24 de janeiro de 2019 pela Polícia Civil.

A defesa do réu alegou no pedido de habeas corpus que José Maurício está preso indevidamente. Na decisão, a desembargadora, ao negar a liminar, justifica que o pedido deve ser avaliado pelo colegiado (grupo de desembargadores).

José Maurício era amigo e vizinho da vítima, em um condomínio de Campos.

Justiça de Campos – O juiz Bruno Rodrigues Pinto, da 1ª Vara Criminal de Campos, negou, na quarta-feira (20), liberdade a Marven Chagas Batista, outro acusado do crime. “Verifica-se que não houve qualquer alteração no contexto fático que deu ensejo à decisão que decretou a prisão preventiva do acusado, cujos argumentos utilizo como fundamentação desta. Ademais, ressalte-se que condições subjetivas favoráveis, tais como primariedade, bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, por si sós, não obstam a segregação cautelar, quando presentes os requisitos legais para a decretação da prisão preventiva”, justificou.

O sequestro — Cristiano Tinoco foi abordado no Parque Santo Amaro, na tarde do dia 3 de dezembro, por dois homens que o chamaram pelo nome. O empresário, que é irmão de Cesar Tinoco — chefe de gabinete do prefeito de Campos, Rafael Diniz —, foi rendido, colocado em um carro e levado até o trevo da Estrada do Contorno, onde encontraram um terceiro criminoso.

Os três, então, levaram Cristiano até sua residência, em outro condomínio localizado no Parque Rodoviário, onde a esposa do empreiteiro também virou refém ao retornar para casa. Os bandidos exigiram R$ 1 milhão em dinheiro para libertarem as vítimas.

Como o casal não tinha a quantia em casa, negociaram o valor e fizeram contato com um amigo, que levou cerca de R$ 200 mil à casa das vítimas. O grupo pegou o dinheiro e fugiu no carro de Cristiano, uma picape Toyota Hilux SW 4, que foi abandonada durante a fuga.

Uma pergunta dos criminosos a respeito de um relógio Rolex, possuído pela vítima, levantou suspeita sobre a participação de José Maurício na ação, já que ele próprio havia questionado à vítima sobre o acessório de luxo.