O pastor Rael, como era conhecido Israel Maciel Gonçalves Ribeiro, de 44 anos, que confessou o assassinato de Lucas Muniz Abucezze, de 21 anos, em Atafona, foi preso na manhã desta sexta-feira (15), em uma casa do Parque Presidente Vargas, no subdistrito de Guarus, em Campos dos Goytacazes. O crime aconteceu no dia 18 de fevereiro. De acordo com a delegada titular da 145ª Delegacia de Polícia de São João da Barra, Madeleine Farias, o mandado de prisão preventiva foi expedido na noite da última quinta-feira (14) e o religioso foi indiciado por homicídio qualificado privilegiado. Ainda segundo a delegada, a qualificadora do crime foi o assassino não ter dado chance de defesa à vítima.
A delegada informou, também, que o pastor confessou o crime e disse que o motivo que o levou a praticá-lo foram as constantes ameaças que sofria do jovem, que segundo justificou o suspeito, era usuário de drogas e morava próximo à Igreja Assembleia de Deus, comandada por Israel.
Lucas foi atingido por quatro tiros. O primeiro acertou o tórax do rapaz, outros dois nas costas e, depois que o jovem já estava no chão, o pastor se aproximou e desferiu o último disparo na nuca. Os detalhes do crime afastaram a hipótese de legítima defesa. Após cometer o homicídio, Israel fugiu com a arma do crime e se escondeu na casa de sua falecida mãe, em Campos. No dia 20 de fevereiro, o pastor procurou a delegacia para fazer a confissão, por volta das 21h.
O pastor estava solto porque não havia sido capturado em flagrante. Após o crime, a delegada pediu a prisão preventiva do religioso, que foi indiciado por homicídio qualificado privilegiado. A pena para esse crime é de 12 a 30 anos de prisão, podendo ser reduzida para 1/3 a 1/6 do tempo de cumprimento previsto.
Madeleine esclareceu que, após a formalização da prisão, Israel será encaminhado à Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Campos, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Leia também: Delegada dá detalhes sobre homicídio cometido por pastor em Atafona