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Dançarinos de Campos representam Brasil em festival na Arábia

A companhia Tríade Studio Coreográfico fará cinco apresentações em evento que reunirá representantes de 100 países na capital saudita

Cultura
Por Ocinei Trindade
3 de março de 2019 - 10h15

Companhia Tríade de malas prontas para a Arábia Saudita (Reprodução)

Cruzar o mundo para dançar. Os bailarinos que integram a companhia Tríade, de Campos, estão ensaiando diariamente para representar o Brasil, em Riade, capital da Arábia Saudita, no festival de esportes, dança e artesanato chamado “Nômade Universe”. O evento promovido pelo Ministério de Cultura da Eurásia acontece entre 7 e 20 de março. Todos os anos, uma cidade oriental é escolhida para sediar o festival que costuma reunir representantes de 100 países. Os bailarinos campistas são os únicos brasileiros que se apresentação na dança e no artesanato.

De acordo com o diretor da companhia, João Paulo Manhães, 12 pessoas viajarão para a capital saudita. “São dez bailarinos e duas pessoas que darão suporte técnico durante as apresentações. É um momento muito feliz para o grupo que representará Campos, o Rio de Janeiro e o Brasil na dança. Estamos todos entusiasmados”, disse. Nos últimos três anos, o Tríade Studio Coreográfico fez apresentações na Rússia, Alemanha e recebeu convites para o Quirguistão.

A companhia apresentará cinco coregrafias diferentes durante cinco dias de evento de dança. Um dos coreógrafos é o bailarino Leon Jackson. “Preparamos shows de até 15 minutos com ritmos nativos que exprimem o folclore brasileiro, além do samba, bossa-nova, carnaval, ritmos nordestinos como o frevo e a cultura indígena com ritmos amazônicos”, cita Leon.

Hester Paes Freitas integra o grupo

Leon Jackson e o bailarino Diego Rosa se juntam a outras oito bailarinas para as exibições em Riade.  Hester Paes Freitas, de 19 anos, é uma das integrantes da Tríade. “Para mim, estar indo a um outro país participar de um festival o qual mistura diversas culturas, além de ser incrível, é estar perto de tanta diversidade. Também me faz muito feliz em acrescentar conhecimento na área da dança”, diz a jovem formada em balé, jazz e contemporâneo, e que que já esteve na cidade de Sotchi, na Rússia, onde dançou no International Festival Movement, em 2017.

O diretor da companhia, João Paulo Manhães, revelou que a viagem  até a Arábia Saudita exigiu uma série de adaptações. Por ser um país muçulmano e extremamente conservador com as mulheres, foi recomendado que elas andem sempre cobertas com uma espécie de túnica preta e usem véus em ambientes recomendados pela direção do evento. “Tivemos que refazer todo o figurino feminino para que as bailarinas estejam adequadas aos costumes sauditas. Deu bastante trabalho, porém o mais  importante é que levaremos o melhor de nossa dança e de nosso artesanato. Escolhemos peças feitas com bagaço de cana de açúcar elaboradas por artesãos de um projeto da Universidade Estadual do Norte Fluminense.Queremos representar bem o Brasil”, concluiu.