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“Risco zero de cair, prédio foi reforçado”

A afirmação é do síndico do edifício Volare, que acredita que os moradores poderão retornar ao condomínio após o dia 28 deste mês

Campos
Por Redação
25 de fevereiro de 2019 - 0h18

Prédio continua interditado e operários trabalhando nele

Desde o dia 25 de novembro de 2018, as 28 famílias do edifício Volare, situado na Rua Mariano de Brito, no Parque Tamandaré, tiveram de sair de seus apartamentos devido à instabilidade estrutural do prédio, que teve uma ruptura em um dos pilares da parte estrutural da garagem, no segundo piso. À época, os moradores foram autorizados apenas a subir, de dois em dois, para pegar os itens mais essenciais e buscar os veículos. De lá pra cá, quase três meses após o incidente, os moradores do prédio e de uma residência vizinha também afetada, esperam pelo dia de poder voltar com tranquilidade e segurança para seus lares. A empresa contratada para realização de uma obra emergencial no edifício fez um reforço de dois pilares e construiu ainda um novo pilar de sustentação, bem próximo ao que se rompeu.

No último dia 21, durante uma assembleia entre o corpo técnico da obra e os condôminos, foi decidido que no próximo dia 28, a Defesa Civil e os engenheiros da empresa vão avaliar os serviços que foram executados e só depois decidir se o prédio poderá ser liberado totalmente para os moradores que, atualmente, só estão autorizados a passar o dia nos apartamentos; eles não podem dormir no local.

Segundo o síndico do condomínio, Ricardo Ribeiro Gomes, a empresa responsável pela obra está trabalhando durante todo esse tempo para fazer com que o edifício fique o mais seguro possível.

“A empresa é renomada e nós temos plena confiança de que estão fazendo o melhor. Não há nenhum risco de cair mais; o risco é zero! O prédio está todo sendo monitorado por sensores”, afirmou Ricardo.

Ainda de acordo com o síndico, a maioria dos moradores dos 14 andares do edifício Volare, quer retornar para seus apartamentos.

“Apenas 10% tem receio de voltar para o prédio. A maioria está confiante na obra que está sendo realizada”, concluiu Ricardo.

O major Edson Pessanha da Defesa Civil de Campos informou que ainda não foi informado nem pelo condomínio e nem pela empresa responsável pela obra, sobre a inspeção prevista para o dia 28.

Estrondo e rachaduras assustaram os moradores na época (Fotos: Silvana Rust)

Relembre o caso:

Na manhã do dia 25 de novembro, um domingo, os moradores do edifício Volare ouviram um “estrondo” que teria sido ocasionado por uma viga estrutural que cedeu e derrubou escoras de uma obra de contenção que estava sendo realizada no térreo do prédio. Os agentes da Defesa Civil analisaram a situação e decidiram evacuar o edifício até que uma análise técnica fosse concluída.

Segundo informações cedidas por uma moradora do edifício, os problemas estruturais foram identificados há alguns meses após o surgimento de rachaduras. O prédio foi construído pela DAC Construtura. A princípio, a estrutura do edifício estaria adequada, mas após a incorporação de uma área de lazer anexa, o prédio teria ficado instável.

Quando perceberam as primeiras rachaduras, os moradores abriram um litígio judicial contra a construtora, mas, devido à urgência, decidiram arcar com os custos da obra para corrigir o problema, que já estava visível na fachada esquerda do prédio. Ainda de acordo com essa moradora, o condomínio já investiu aproximadamente R$ 600 mil na obra de correção, obra essa em que foram colocadas as vigas que cederam em novembro.