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Operação “Guadalajara” de repressão ao tráfico de drogas prende três em Campos

Traficantes intimidavam moradores do Parque Aldeia e os proibiam de falar ao celular em determinados pontos do bairro

Campos
Por Redação
20 de fevereiro de 2019 - 12h52

Operação contou com 40 agentes (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

As polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (20), uma operação de repressão ao tráfico de drogas em Campos dos Goytacazes, com objetivo de cumprir cinco mandados de prisão e diminuir a coação da população do Parque Aldeia, que vinha sendo proibida por traficantes até de falar ao telefone. Três pessoas foram presas por suspeita de homicídio, ente elas, aquele que seria chefe de uma facção criminosa e comandava a atividade ilícita no bairro. As diligências desta primeira fase se concentram no Parque Aldeia I, em Guarus, mas, de acordo com a Polícia Civil, a operação, chamada de “Guadalajara”, se estenderá nas próximas semanas a outras localidades de Guarus. A Guarda Civil Municipal também deu apoio à operação.

O nome da operação faz alusão ao famoso Cartel de Guadalajara, no México, e contou com a participação de cerca de 40 agentes. Os detalhes da primeira fase da “Guadalajara” foram passados pelas autoridades policiais, no final da manhã desta quarta, em coletiva de imprensa concedida na 6ª Região integrada de Segurança Pública (Risp), em Campos.

De acordo com o delegado titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Pedro Emílio Braga, uma única facção criminosa dominava o tráfico de drogas nos bairros Parque Aldeia I e Parque Aldeia II. No entanto, uma briga rachou a facção e a população acabou no meio de um fogo cruzado causado pela disputa de território.

A Polícia Civil teve acesso a um áudio no qual traficantes proíbem os moradores de usar telefones celulares em áreas públicas, como esquinas, praças e alguns pontos comerciais. Os bandidos tinham medo de serem denunciados e ameaçaram de morte os moradores que desobedecessem o aviso.

Ainda segundo o delegado, uma central de monitoramento foi encontrada em uma casa que seria de “Chin”, um dos presos na operação. Ele seria chefe do tráfico no bairro. Da central os traficantes observavam o movimento das forças policiais que se aproximavam do bairro.

Também de acordo cm a Polícia Civil, 15 homicídios foram registrados em Guarus em janeiro de 2019 e outros dois até dia 20 de fevereiro. Pelo menos oito destas mortes podem estar ligadas às pessoas que tiveram mandados de prisão expedidos durante a operação.

Traficantes proíbem moradores de falar ao telefone. Ouça áudio enviado pelo WhastApp: