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Entrevista com Marcos Bruno: Direito de Campos é destaque

Ele é um dos responsáveis pelo sucesso do curso de Direito da UCAM, um dos 161 que tem o selo de recomendação da OAB

Entrevista
Por Coluna do Balbi
11 de fevereiro de 2019 - 0h01

O curso de Direito da Universidade Candido Mendes em Campos é o único do interior do estado que passou no crivo da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – que implantou uma espécie de selo de qualidade, ou seja, selo de recomendação após avaliar mais de 1.500 cursos espalhados pelo país de forma criteriosa. O pente fino foi tamanho que apenas 161 cursos receberam essa recomendação. Boa parte deste desempenho da Ucam, se deve, digamos assim, ao empenho do coordenador do curso, o renomado advogado Marcos Bruno e, obviamente, ao corpo docente que é diferenciado, contando com professores de notório saber jurídico. A posição conseguida pelo curso da UCAM, segundo Marcos Bruno, é para ser comemorada não somente pela Candido Mendes mas por toda Campos. Marcos Bruno que já foi presidente da 12ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB – hoje preside o Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/RJ. Para ele, ninguém melhor do que a Ordem para avaliar o desempenho dos cursos de Direito no país. Acrescenta que o levantamento acende o sinal vermelho para cursos que não têm condições de se manter.

 

No Brasil há cerca de 1.500 cursos de Direito. No entanto, somente 161, em torno de apenas dez por cento, obtiveram o selo de qualidade ”OAB Recomenda”, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O curso de Direito da Universidade Candido Mendes, em Campos, foi a única da região a receber esta certificação. Como o senhor e a Candido Mendes receberam essa notícia?

Recebemos com a sensação de dever cumprido. Afinal, temos um compromisso de qualidade firmado entre administradores, professores e estudantes, desde o ano de 1998, quando começamos, em Campos. Estamos orgulhosos com o reconhecimento da OAB e dividimos este sentimento com os estudantes e a cidade.

O curso da UCAM é o único da região a ser essa distinção?

Sim, é o único. O que demonstra a importância de Campos e coloca a cidade no topo do ensino jurídico no país.

O senhor atribuiu essa notabilidade e reconhecimento, a estratégia didática e ao corpo docente?

A tudo, principalmente aos estudantes. Eles são os principais protagonistas do processo ensino aprendizagem.

Ao alcançar essa posição aumenta a responsabilidade da Cândido Mendes?

Não, mas a responsabilidade permanece, como sempre. Afinal, foi dela que dela que resultou a recomendação da OAB.

Explica o critério deste pente fino passado nos cursos de Direito pela Ordem?

A Ordem sempre criticou o MEC pela facilidade com que autorizou a implantação de cursos jurídicos no país. O Exame de Ordem sempre foi um filtro, mas visa o profissional. No entanto, era importante reconhecer o mérito das boas escolas de Direito, e prestigiá-las. Daí a ideia do selo de qualidade “OAB Recomenda”.

O curso da UCAM é realmente um dos mais disputados do Estado do Rio de Janeiro?

Sempre foi. Estamos com quase mil alunos, em Campos. Esse prestígio é fruto do reconhecimento do trabalho realizado ao longo de 20 anos de sucesso.

O senhor diria que a OAB com esse selo acende um sinal amarelo de que existem muitos cursos por esse país sem condições de formar bons profissionais?

Sinal vermelho! Mas, também, um desafio aos demais cursos jurídicos. O selo de qualidade está ao alcance de todos, só depende das instituições de ensino jurídico.

O nosso curso aqui está no mesmo nível das chamadas federais?

A OAB afirma que sim. Estamos no mesmo plano das melhores. Certamente acima das que não receberam o selo de qualidade.

A aprovação dos formandos da UCAM na prova da OAB é realmente expressiva?

Sim, porque até a OAB recomenda!

O senhor é Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/Rio. Já foi presidente da OAB Campos, é o Decano do Conselho Seccional da OAB, no Rio de Janeiro É considerado hoje um jurista. Na sua opinião, como anda hoje a Justiça brasileira?

O judiciário é hoje o que sempre foi. Um cenário marcado pelo contraditório. Como o Direito é, e sempre será dinâmico, tal como Estado e a sociedade, é natural que no Estado Democrático de Direito predomine o debate em torno de várias correntes do pensamento jurídico. No entanto, em nome da segurança jurídica, é importante que se mantenha uma certa estabilidade do pensamento majoritário dos Tribunais.