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66 mil filhotes de tartarugas já foram soltos no mar na atual temporada reprodutiva

Eventos podem ter participação do público até o dia 23 de fevereiro

Região
Por Redação
8 de fevereiro de 2019 - 16h26

Soltura de tartarugas no Açu (Foto: divulgação)

Mais de 66 mil filhotes de tartarugas marinhas foram liberados ao mar, na área de monitoramento do Porto do Açu, desde o início da atual temporada reprodutiva, que segue até março. Por isso, a expectativa é de que os nascimentos de tartarugas desta temporada superem o total registrado no ano anterior, quando 67 mil filhotes foram contabilizados. Somando os dados acumulados desde o início do Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu,

As crianças participam dos eventos (Foto: divulgação)

em 2008, já são 865 mil filhotes liberados ao mar.

Como parte das ações de educação ambiental do Complexo do Açu, solturas de filhotes abertas ao público são organizadas em parceria com a Fundação Pro-Tamar e as prefeituras de São João da Barra e Campos. A programação, inserida nas agendas de verão dos dois municípios, começou em dezembro e segue até o dia 23 de fevereiro, com mais quatro solturas.

Para o analista de Meio Ambiente da Porto do Açu Operações, Nayar Mendes, as atividades que contam com a participação da população têm surtido efeito: “A cada nova ação, notamos que a comunidade está mais informada sobre a atuação do Programa e engajada com as boas práticas ambientais. Estamos multiplicando disseminadores locais e, com isso, atingimos um número cada vez maior de pessoas”, afirmou.

O Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas abrange desde o Pontal de Atafona, em São João da Barra, até Barra do Furado, em Campos. Diariamente, monitores percorrem 62 km de praia registrando qualquer ocorrência relativa às tartarugas. Durante o período reprodutivo, que vai de setembro a março, a equipe ainda tem a missão de localizar os ninhos, identificá-los e acompanhá-los até o nascimento dos filhotes. Um dos intuitos é gerar dados da espécie de forma contínua, ajudando os envolvidos a entender melhor o comportamento dos animais e como agir para preservá-los.

A bióloga Gilmara Coura, que faz parte da equipe de monitoramento, ressalta a importância da colaboração dos banhistas: “A orientação é para que não mexam ou removam as estacas de identificação dos ninhos e não transitem com veículos pela areia. Outra atitude importante é o descarte correto do lixo. A ingestão de resíduos é uma das principais causas de morte dos animais marinhos”, ressaltou.

O Programa atende a diretrizes técnicas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – Tamar e do Instituto Estadual do Ambiente (INEA).

*Ascom